O desmatamento da Mata Atlântica entre 2016 e 2017 caiu 56,8% em comparação ao período anterior (2015-2016). Os dados estão presentes relatório técnico “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica período – 2016-2017”, elaborado pela ONG SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No último ano, foram destruídos 12.562 hectares (ha), ou 125 km², nos 17 estados do bioma. Entre 2015 e 2016, o desmatamento foi de 29.075. Este é o menor valor total de desmatamento da série histórica do monitoramento, que teve início em 1985.

Sete estados estão próximos do desmatamento zero, com perdas em torno de 100 hectares (1 km²). O Ceará e o Espírito Santo, com 5 hectares, são os estados com o menor desflorestamento no período. São Paulo (90 ha) e Espírito Santo ganharam destaque pela redução em relação ao período anterior, respectivamente, 87% e 99% de queda. Os demais estados com desmatamento zero foram: Mato Grosso do Sul (116 ha), Paraíba (63 ha), Rio de Janeiro (49 ha) e Rio Grande do Norte (23 ha).

Os novos dados do Atlas da Mata Atlântica indicam que as ações de alguns estados para coibir o desmatamento, como maior controle fiscalização, autuação ao desmatamento ilegal e moratória para autorização de supressão de vegetação (caso de Minas Gerais), trazem resultados positivos. Por outro lado, as imagens de satélite revelam avanços de desmatamento no sul da Bahia, noroeste de Minas Gerais, centro-sul do Paraná e interior do Piauí.

Com SOS Mata Atlântica.

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