Leonardo Valle
O plástico é um dos principais poluentes dos oceanos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a previsão é que, até 2050, os oceanos tenham mais plástico do que peixes, se as tendências atuais não forem modificadas. Por conta da situação, cidades e redes de restaurante têm se esforçado para combater os canudos feitos desse material.
Como alternativa, estudantes das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) criaram soluções ecológicas para o utensílio. Na Etec Amim Jundi, localizada em Osvaldo Cruz (SP), Alex Vidotto, Aline Molena e Ariane Guerra, do curso técnico de química, elaboraram um canudo comestível a partir de um polissacarídeo (substância semelhante ao açúcar) feito com bagaços e cascas de vegetais descartados pela indústria alimentícia. O material, mesmo quando jogado fora inadequadamente, pode se dissolver rápido e minimiza o impacto ambiental.
Já em Limeira (SP), as alunas do curso técnico de química integrado ao ensino médio da Etec Trajano Camargo desenvolveram um bioplástico também a partir de alimentos descartados. Os canudos pensados por Bianca Zampieri, Gabriela Henriques e Milena Ribeiro são feitos com soro de leite e casca de batatas.
![](https://www.institutoclaro.org.br/cidadania/wp-content/uploads/sites/3/2017/06/canudo_comestivel_Divulgacao.jpg)
No Brasil, cidades como Fortaleza (CE), Salvador (BA), Camboriú (SC), Ilha Bela (SP), Santos (SP), Rio Grande (RS) e, mais recentemente, São Paulo (SP) já adotaram leis para a proibição de canudos plásticos, assim como o estado do Rio Grande do Norte.
Com Centro Paula Souza
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