Leonardo Valle
O plástico é um dos principais poluentes dos oceanos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a previsão é que, até 2050, os oceanos tenham mais plástico do que peixes, se as tendências atuais não forem modificadas. Por conta da situação, cidades e redes de restaurante têm se esforçado para combater os canudos feitos desse material.
Como alternativa, estudantes das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) criaram soluções ecológicas para o utensílio. Na Etec Amim Jundi, localizada em Osvaldo Cruz (SP), Alex Vidotto, Aline Molena e Ariane Guerra, do curso técnico de química, elaboraram um canudo comestível a partir de um polissacarídeo (substância semelhante ao açúcar) feito com bagaços e cascas de vegetais descartados pela indústria alimentícia. O material, mesmo quando jogado fora inadequadamente, pode se dissolver rápido e minimiza o impacto ambiental.
Já em Limeira (SP), as alunas do curso técnico de química integrado ao ensino médio da Etec Trajano Camargo desenvolveram um bioplástico também a partir de alimentos descartados. Os canudos pensados por Bianca Zampieri, Gabriela Henriques e Milena Ribeiro são feitos com soro de leite e casca de batatas.
No Brasil, cidades como Fortaleza (CE), Salvador (BA), Camboriú (SC), Ilha Bela (SP), Santos (SP), Rio Grande (RS) e, mais recentemente, São Paulo (SP) já adotaram leis para a proibição de canudos plásticos, assim como o estado do Rio Grande do Norte.
Com Centro Paula Souza
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