A partir desta segunda-feira (22/9), estudantes universitários, mestrandos, doutorandos e recém-formados já podem se inscrever para participar da 14ª edição do Campus Mobile, iniciativa do Instituto Claro para criadores de ideias e soluções para dispositivos móveis que gerem impacto social. Confira o regulamento aqui.
A participação é aberta a estudantes que estejam cursando ou tenham concluído a graduação no Brasil em 2024 ou 2025, além de pessoas que estejam cursando ou tenham se formado em mestrado ou doutorado stricto sensu em instituição de ensino superior no Brasil nos anos de 2024 ou 2025. É necessário ter no mínimo 18 anos no momento da inscrição e ser residente e domiciliada no Brasil.
O prazo para participar vai até as 23h59 de 9 de novembro de 2025. As inscrições devem ser feitas no site do Campus Mobile, individualmente ou em equipes de até três integrantes. Cada grupo pode apresentar apenas um projeto, inscrito em uma única categoria entre as seis disponíveis, sendo que três delas foram alteradas em relação à 13ª edição.
Entretenimento e Cultura engloba iniciativas voltadas ao lazer e ao entretenimento, bem como produtos e serviços ligados ao setor cultural, aos esportes e à economia criativa. Saúde e Tecnologias Assistivas contempla soluções voltadas à jornada do paciente, além de tecnologias assistivas e soluções digitais relacionadas a órteses, próteses e adequação postural. Já a antiga categoria Smart Cities agora é Tecnologias Urbanas, com foco em soluções que melhorem a vida de habitantes de centros urbanos, aprimorando aspectos de acessibilidade, moradia, mobilidade e segurança, como ideias para lares inteligentes e casas conectadas.
As demais categorias mantiveram o escopo original. Diversidade reúne iniciativas de empoderamento e promoção de direitos de grupos historicamente e socialmente minorizados. Educação é voltada a soluções que ajudem a fortalecer o aprendizado e a enfrentar desafios do sistema educacional. Por fim, Green Tech & Agtech dedica-se a projetos que contribuam para melhorar a vida dos habitantes em regiões rurais e suas atividades econômicas.

Após a fase de inscrições, até 17 projetos são escolhidos por categoria. Passam, então, para o desenvolvimento das ideias, com ambiente de aprendizagem online que oferece apoio de mentores e interação com especialistas. Nessa fase também acontece uma semana presencial imersiva em São Paulo (SP), com oficinas, palestras e mentorias. Ao final da etapa, três projetos de cada categoria são premiados com R$ 2,7 mil.
Os premiados seguem em desenvolvimento até junho de 2026. Ao final do Campus Mobile, cada categoria tem um projetos vencedor, que recebe R$ 9 mil e uma viagem para o Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde seus autores visitarão universidades, centros de inovação e grandes empresas de tecnologia.
Realizado pelo Instituto Claro, o Campus Mobile tem parceria da Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), além do apoio do Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP (LSI-USP) e do BeOn, hub de inovação da Claro.
Vencedores da 13ª edição e executivos Claro
No dia 11/9, os vencedores da 13ª edição compareceram à sede da Claro em São Paulo (SP) para um encontro com executivos da Claro e de parceiros.
No evento, a vice-presidente de Projetos do Instituto Claro e diretora de Desenvolvimento Humano Organizacional, Cultura e Sustentabilidade da Claro, Daniely Gomiero, destacou a diversidade do grupo.

“Temos meninos e meninas no campo da ciência e da tecnologia, isso é muito legal”, disse Gomiero. “O Instituto Claro acredita muito no processo de educação. O Campus Mobile é uma etapa, e a partir de agora eu espero que vocês consigam colocar em prática tudo que imaginam.”
Imersão e turismo em São Francisco
Um dia após o encontro na sede da Claro, os vencedores embarcaram para a cidade de São Francisco, onde primeiro tiveram um dia dedicado ao turismo.
“É surreal, parece que a gente está entrando em uma daquelas fotos de internet. Experimentar cheiros e sabores, ver pessoas falando outras línguas… É um multiculturalismo incrível”, afirmou Reinaldo Kaminski, vencedor da 13ª edição do Campus Mobile com o projeto ProteJá.
Raquel Ramos, do projeto Herbaria, diz ter se encantado com a arquitetura da cidade: “Tem prédio novo, tem prédio antigo… Eu adoro isso, é incrível.”
Nos dias posteriores, os jovens passaram pelo consulado brasileiro na cidade, visitaram as bigtechs Amazon e Plug and Play e participaram de eventos nas universidades de Stanford e Berkeley.

“A gente aprendeu no consulado sobre várias iniciativas e parcerias do Brasil em apoio à tecnologia, já que aqui é a capital mundial da tecnologia. Eu não sabia que o país tinha tantas parcerias assim”, disse Leonardo Piana, vencedor com o projeto Passabot.
“Aprendemos bastante sobre a forma como a Amazon trabalha e funciona. É bem importante para aprendermos a fazer as coisas a partir de agora: criar documentação, organizar uma estrutura, estabelecer princípios e ter um ciclo de processos”, declarou Ivon Jonson, do projeto Ritmia.
Luiza Diniz, também autora do Ritmia, destacou a satisfação de ver o projeto decolar, resumindo um sentimento que pode ser compartilhado pelos demais viajantes. “É uma grande vitória estar aqui, mas antes mesmo de estar aqui já seria uma grande vitória. Temos que confiar no nosso trabalho e no nosso projeto. Fizemos algo de muito bom nos últimos meses, temos domínio do nosso próprio trabalho e viemos aqui confiantes em mostrar o que fizemos.”