São muitas as possibilidades de ensino da cultura popular na educação. Na escola municipal Castro Alves, em São Paulo (SP), um grupo de educadores voluntários leva o maracatu, uma manifestação cultural típica de Pernambuco, para dentro da sala de aula. Com o projeto Calo na Mão Itinerante, eles realizam aulas semanais sobre o maracatu, seus instrumentos e como tocá-los.
A iniciativa nasceu do grupo Maracatu Bloco de Pedra, coletivo da capital paulista que tem um trabalho pautado em pesquisas das tradições e difusão da cultura afro-brasileira, tanto com as oficinas livres para todos os públicos, quanto em projetos nas escolas e formação de professores.
Na EMEF Castro Alves, cada encontro ocupa uma aula de 45 minutos, e as atividades realizadas na quadra da escola são incorporadas às tarefas de sala de aula. Segundo a professora do ciclo fundamental Fabiana Pereira, o ensino das manifestações culturais brasileiras está previsto no currículo dos estudantes, e o diferencial é a maneira como é feito.
“Com esse projeto, o maracatu veio para a escola para deixar viva a aprendizagem. Não é algo que eles ouviram dizer, viram em alguma revista ou na TV, eles vivenciam isso”, afirma Pereira.
“Quando as escolas abrem as portas para que esses projetos entrem, nós permitimos com que essas crianças tenham acesso àquilo que muito poucos têm”, complementa a professora Tatiane Nascimento. Neste vídeo, o Instituto Claro foi acompanhar uma aula de maracatu na EMEF Castro Alves e ouvir de estudantes e professoras sobre os benéficos de se aliar cultura e educação.
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