A obra “Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido” é uma apologia à utopia. A opinião é do professor e pesquisador da educação Jason Mafra. “A função da utopia é desacomodar, é fazer a gente caminhar”, explica ele em entrevista exclusiva ao Instituto Claro.

Doutor em educação e professor na Universidade Nove de Julho, Mafra se dedica à obra de Paulo Freire há 20 anos, 11 deles no Instituto Paulo Freire. Comentando a leitura que o educador fazia sobre a esperança, Mafra avalia que o atual cenário de ameaças à democracia vivido no Brasil e no mundo não é definitivo.

No livro “Pedagogia da Esperança”, Paulo Freire relembra o conceito de situações-limite, introduzido pelo autor em “Pedagogia do Oprimido”. Mafra explica que são aquelas, no âmbito individual ou coletivo, em que formas de opressão se instauram como se não houvesse saída. A resposta a essa opressão vai se dar a partir da criatividade: “Se não temos as ferramentas para resolver essas situações, nós temos que reinventar. Essa reinvenção inédito-viável, aquilo que pode romper uma situação de opressão”, diz.

A similaridade da atualidade com o momento histórico de desesperança vivido por Freire no início da década de 90, quando lançada a obra, reacende a necessidade de se cultivar a esperança. “A educação é eminentemente esperançosa”, destaca, já que além de preservar os saberes, almeja trazer respostas aos desafios que surgem à humanidade.

Este vídeo é parte do especial ‘Paulo Freire 100 anos’. Acesse todos os conteúdos!

Atualizado em 02/09/2021, às 09h28

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