TikTok é uma rede social chinesa que vem fazendo sucesso pelo mundo. Anteriormente chamada de Musical.ly, ela possibilita a gravação de vídeos curtos, de aproximadamente 15 segundos de duração, em formato de cenas.

Seu público é composto principalmente por adolescentes, que costumam gravar esquetes de humor ou dublagem de músicas. O sucesso do aplicativo motivou o concorrente, Instagram, a adotar uma ferramenta parecida na seção “Stories”, chamada “Cenas”.

Nos Estados Unidos, alguns professores apostam no TikTok para engajar alunos nas aulas. É o caso do docente de história da Escola de Ensino Médio Quince Orchard, em Gaithersburg, Andrew Kozlowksy. Ele ofereceu a suas turmas a opção de gravarem vídeos na rede social para mostrar o que aprenderam sobre a Guerra Civil Americana.

“Eu uso o TikTok não para ensinar determinado tema, mas para a permitir que os estudantes mostrem seu aprendizado sobre ele. Eles precisam aplicar o conteúdo e o conhecimento histórico em seus vídeos, o que também exige um nível de criatividade e pensamento crítico”, revela.

“Os alunos adoraram usar a ferramenta para criar esquetes históricas. Como eles passaram a pedir esse tipo de tarefa com maior frequência, estou planejando o seu uso pelo menos uma vez em cada unidade estudada”, revela.

Pesquisa bem embasada

Para os docentes brasileiros de história que desejam usar o TikTok ou o Instagram, Kozlowksy relembra a importância da pesquisa para embasar a criação dos vídeos.

“Eu também costumo usar essa atividade como uma ferramenta de avaliação formativa. Outros professores também podem utilizar essa produção para avaliar o quanto seus alunos sabem sobre um determinado tópico estudado”, acrescenta.

O uso do aplicativo também deve ser feito com cuidado, já que pode haver conteúdo inadequado compartilhado por outros usuários nessa rede social. Também é preciso atenção com o tipo de material criado e os locais onde ele será divulgado. “Não recomendo compartilhar a criação dos estudantes em outras mídias sociais, como o Twitter, porque o nome e o nickname deles aparecerá em cada vídeo”, diz.

Kozlowksy revela que seus alunos, agora, pedem para ele criar seus próprios vídeos explicando o conteúdo das aulas. “Acabei de baixar o aplicativo, então, vou ter que aprender mais sobre ele antes de criar meu próprio material”, revela.

Veja mais:
7 passos para alunos produzirem vídeos em sala de aula
Programa NET Educação – YouTube: como realizar produções de vídeo em sala de aula?

Crédito da imagem: undefined undefined – iStock

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