No seminário Tecnologias, Currículo e Inclusão Escolar, a pedagoga Mary Grace Martins, especialista em Educação a Distância, e professora UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), defendeu a importância de realizar de maneira conjunta as capacitações de professores para inclusão e para o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Para ela, a união entre esses dois desafios, que hoje são considerados de forma separada, promove a descoberta de possibilidades educativas que contemplem a diversidade.

Para que essa junção seja promovida, a profª. Mary Grace propõe que a escola seja envolvida como um todo, junto com alunos, outros professores e mesmo os pais, para pensar a questão. “Educação inclusiva não é colocar o aluno em um espaço tal como ele é. É transformar o espaço, apoiar o professor, articular as áreas do conhecimento, o uso das tecnologias, o currículo.”, afirmou.

Mary Grace levantou pontos que podem ser úteis para nortear a implementação do uso da tecnologia na escola. “Todos os alunos aprendem, mas cada um tem o seu ritmo”, lembra. Assim, é necessário focar nas potencialidades, para valorizar o que os alunos são capazes de fazer, e não o que não são. Para isso, perguntas como estas podem ser extremamente úteis: “Em que atividades os alunos participam mais? Na quadra? Na biblioteca? No laboratório de informática?”

De porte destas informações, o educador pode pensar em como adaptar as atividades, potencializando as habilidades de seus alunos e desenvolvendo outras. Uma criança com deficiência visual, por exemplo, pode participar de uma atividade de criação de histórias em quadrinhos, sem prejuízo do aprendizado. Mas, para isso, é necessário escolher boas estratégias. O trabalho do aluno pode ser focado no desenvolvimento do roteiro, por exemplo, ou na definição de temas. Quase qualquer atividade comum de sala de aula pode e deve ser adaptada. “Fazer atividades exclusivas para os alunos com necessidades especiais acaba excluindo”, diz a pedagoga.

Mary Grace lembra que, para algumas pessoas, a tecnologia pode a ser única forma de garantir acesso ao conhecimento, participação e socialização. “Um texto escrito por um aluno em braile é muito mais difícil de chegar às pessoas do que um texto publicado por ele na internet.”

Dicas de links da profª Mary Grace:

A tecnologia permite que alunos com necessidades especiais possam realizar as mesmas atividades que os outros alunos fazem, com mais autonomia e menos esforço. Conheça abaixo alguns softwares e links sobre o tema.

HeadDeav
Software gratuito da Vodafone, que permite a interação entre o indivíduo e o computador, sem necessidade do uso das mãos, cabos, sensores e outros tipos de dispositivos. O nariz funciona como mouse e ponteira sobre um teclado virtual na tela do computador.

Clique aqui.

Sites com padrão W3C
O World Wide Web Consortium (W3C) é um consórcio de empresas de tecnologia que desenvolve padrões para a criação e a interpretação dos conteúdos para a Web. Sites desenvolvidos segundo esses padrões podem ser acessados e visualizados por qualquer pessoa ou tecnologia.

Clique aqui.

Vivência Pedagógica
Espaço idealizado pela profª. Mary Grace para construir e compartilhar experiências relacionadas a educação e tecnologia na escola básica, superior ou não formal.

Clique aqui. 

Instituto de Tecnologia Social – ITS Brasil

Tem entre seus objetivos estão a promoção, o desenvolvimento e o aproveitamento de tecnologias voltadas para o interesse social. Com notícias, artigos e links interessantes.

Clique aqui.

Microsoft Educação – Programa de Acessibilidade
Programa que visa a formar educadores para o uso de recursos de acessibilidade nas escolas públicas para construção da autonomia e inclusão de alunos com necessidades especiais. Com download de material desenvolvido pelo ITS e pela Microsoft para auto-aprendizagem e como referência após o curso.

Clique aqui.

Ou aqui.

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