Para a mestre em educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) Suelen Fernanda Machado, a influência da mídia e da tecnologia na vida de crianças e jovens é uma questão educacional contemporânea de extrema importância. Por isso, ela destaca a importância da leitura de “O que é Mídia-Educação”, que apresenta discussões sobre como e por que utilizar e ensinar a mídia na educação.
“Discutir a mídia e as tecnologias de modo geral é tão importante quanto discutir ética, meio ambiente, pluralidade etc. O que chama a atenção no livro da Maria Luiza Belloni é a preocupação que ela demonstra com que as crianças tenham seus direitos garantidos com relação à educação, mas que essa educação também contemple o acesso às tecnologias de informação e comunicação disponíveis”, afirma Suelen Machado.
Um dos apontamentos que a autora Maria Luiza Belloni apresenta para justificar o ensino da mídia na escola é o consumo frenético das tecnologias midiáticas por nossos jovens e crianças (seja TV, rádio, Internet..). A partir disso, ela discute como as instituições escolares e, principalmente, os professores poderiam se apropriar dessas mídias e fazer uso destas na escola.
Para Suelen Machado, que assessora professores da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado do Paraná no que diz respeito à utilização das tecnologias de informação e comunicação na prática escolar, “isso não depende apenas da vontade dos professores, mas, sobretudo de investimentos, formação continuada, pesquisas sobre novas metodologias de ensino, equipamentos técnicos etc.”
O livro também relata pesquisas empíricas nacionais sobre a utilização efetiva da mídia na escola, demonstrando situações reais de ensino da mídia por instituições escolares que tiveram bons resultados. Ele ressalta a importância de integrar as mídias no cotidiano da escola, de forma criativa e crítica, não apenas utilizando-as, mas também ensinando sobre elas. “A mídia deveria estar integrada ao currículo da escola e penso que, enquanto conteúdo a ser trabalhado na escola, caberia como uma espécie de tema transversal, como os apresentados pelos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais)” , conclui Suelen Machado