A satisfação dos moradores da cidade de São Paulo com a área educacional está em uma trajetória de queda. Segundo a quinta edição da pesquisa Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem), a nota média dada pelos paulistanos para a educação foi 4,5, em 2013. Em 2009, 2010 e 2011 o índice atingia a marcação 5. Em 2012, a média já reduziu para 4,8. A escala é de zero a 10, sendo zero o correspondente a muito insatisfeito e 10 a satisfação máxima.
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“Acaba sendo preocupante, porque há tendência de queda na satisfação das pessoas. Por isso, merece uma atenção especial”, acredita a diretora executiva de atendimento e planejamento do Ibope, Márcia Cavallari, quem apresentou os dados da pesquisa, nesta terça-feira (21/1), em São Paulo (SP). O estudo foi realizado pela instituição a pedido da Rede Nossa São Paulo.
O Irbem revela a satisfação dos paulistanos com a relação à qualidade de vida na cidade. Além de educação, a pesquisa analisou outras 24 áreas como saúde, transporte e segurança, distribuídos em um total de 169 indicadores. Apenas quatro áreas — relações humanas, trabalho, tecnologia da informação e religião e espiritualidade — obtiveram notas superiores à média considerada como satisfatória (5,5) na pesquisa.
Dentro da temática educação, os indicadores que mais oscilaram negativamente tiveram queda de 0,4 pontos na nota, de 2012 para 2013. A formação e condição de trabalho e estudo dos profissionais de educação caiu de 4,9 para 4,5. A adequação da formação educacional para o acesso ao mundo do trabalho passou também de 4,9 a 4,5.
Já a promoção da cidadania e da democracia na educação teve um decréscimo de 4,8 para 4,4. Enquanto o envolvimento das famílias na educação dos filhos caiu de 5 para 4,6. Os outros três indicadores que compõe a área educação se mantiveram estáveis ou também tiveram notas menores que a pesquisa anterior.
“É importante ressaltar que a pesquisa capta a percepção da população”, lembra Márcia. Para o estudo, foram entrevistadas 1.512 pessoas com 16 anos ou mais, de 3 a 23 de dezembro de 2013. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Impacto na qualidade
O Ibope mediu pela primeira vez, nessa edição da pesquisa, o peso que os moradores de São Paulo atribuem a cada uma das 25 áreas analisadas. As cinco escolhidas como de maior impacto na qualidade de vida foram saúde, educação, trabalho, habitação e segurança, na ordem do mais para o menos importante.
“As áreas da saúde e da educação têm um grau de satisfação que não corresponde à importância atribuída a elas para a qualidade de vida do cidadão paulistano”, de acordo com conclusões finais da pesquisa divulgada.
A partir de todos os índices avaliados, considerando o peso dado a cada área, a nota média geral para a satisfação da população que vive em São Paulo foi 4,8, em 2013.
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