A dislexia é um distúrbio da linguagem que atinge até 10% da população mundial. Com base neurobiológica, ela afeta a aprendizagem e o domínio de habilidades como leitura, soletração e escrita, em diferentes intensidades. 
 
O distúrbio tem caráter multifacetário e as dificuldades variam de criança para criança. Assim, a dislexia não é resultante de uma única causa. “Embora frequentemente de origem inata (genética), uma baixa resistência imunológica do feto tem sido adicionalmente apontada como causa da dislexia, assim como fatores ambientais, tais como deficiências nutricionais”, destaca a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e uma das fundadoras da plataforma para professores Dislexia Brasil, Ângela Pinheiro.
 
Alguns indicadores de comportamentos e sintomas ajudam o professor da educação básica a identificar o aluno disléxico em sala de aula. Confira abaixo!
 
Leitura 
 “Um dos maiores indicadores de dislexia é que, quando a criança começa a ler e escrever, suas habilidades verbais parecem superiores à suas habilidades de leitura e de escrita. Frequentemente, essas habilidades serão de um a dois anos e meio aquém aos colegas sem dislexia”, orienta a também psicóloga Ângela. A leitura de palavras de formato simples, contudo, pode ocorrer sem problemas.
 
Memória
Não raro a dislexia é acompanhada de déficits em outras funções cognitivas que não a linguagem, como a memória. O aluno pode apresentar dificuldades com a memória de curto prazo e, especialmente, com a memória utilizada para informações apresentadas em sequências – caso dos dias da semana e dos meses do ano. 
 
Orientação espacial
Na pré-escola, a criança com dislexia pode confundir a direita com a esquerda, ser ambidestra e mostrar lentidão na hora de definir uma das mãos. “Ela também pode apresentar andar tardio e ser desastrada”, completa a profissional. 
 
Nomeação de objetos
Com linguagem verbal imatura e pronúncia pobre, o aluno disléxico pode sentir dificuldades em nomear objetos familiares. Problemas em concentração e de organização pessoal também são comuns.
 
Sons e rimas
Entre cinco e oito anos, um dos sintomas mais comuns é a dificuldade em aprender o alfabeto, ou em reproduzir os sons que as letras representam. “Juntar sons para formar palavras, perceber ou produzir rimas são alguns indicativos da dislexia”, pontua Ângela. 
 
Orientações
A criança enfrenta dificuldades em seguir várias instruções verbais dadas rapidamente, uma após a outra. Além disso, a aprendizagem de identificar as horas também apresenta lentidão.
 
Escrita
Ainda, na hora de fazer as tarefas propostas, pode haver dificuldade para controlar o lápis na hora de escrever ou desenhar.
 
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