Acesso a computadores, dispositivos móveis e uso da internet: os professores brasileiros estão mais conectados. Os docentes que acessavam a internet pelo celular subiram de 66%, em 2014, para 85%, no ano seguinte. Do total, em 2015, 82% eram de escolas públicas, comparados aos 64% de 2014. Já nas escolas privadas, 92% dos professores estavam conectados via smartphones em 2015, contra 78% em 2014.
 
Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (29/09), em São Paulo (SP), pelo Comitê Gestor da internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). “O número é crescente e exponencial. Ao acessar a internet principalmente pelo celular, está se instituindo uma cultura digital e a escola está inserida nessa cultura”, apontou o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa.
 
Tanto a média de uso de internet no celular por parte dos alunos (75% em escolas públicas e 87% nas privadas) quanto por parte dos professores ultrapassam a média de uso da população brasileira, lembrou Barbosa.
 
Quando considerada apenas a conexão à internet, sem contar o aparelho, 98% dos professores da escola pública acessaram a rede pelo menos uma vez nos últimos três meses, e nas particulares chegou a 100%. Do total, 73% utilizaram a internet para realizar ao menos uma atividade em sala de aula. No entanto, a pesquisa não levou em consideração a frequência com a qual as tarefas foram aplicadas.
 
Atividades pedagógicas
Na hora de levar o celular para a sala de aula e usá-lo para atividades pedagógicas, em média 39% dos professores disseram aderir à prática – nas públicas o número cai para 36% e nas privadas sobe para 46%. A porcentagem também oscila entre os diferentes níveis escolares. No quinto ano do ensino fundamental, decresce para 35%; no nono ano, sobe para 38%; já no segundo ano do ensino médio o número chega a 42%.
 
Segundo o coordenador de projetos de pesquisas do Cetic.br, Fábio Sernne, por ser o primeiro ano em que se mede o uso da internet no celular com os alunos, não foi apurada quais atividades são aplicadas com o aparelho. Ainda, não é possível saber como o aumento da conexão nos celulares, por parte dos professores, tem reflexos pedagógicos.
 
Dos docentes entrevistados, 52% disseram que enquanto se formavam no ensino superior, não aprenderam nada a respeito de como usar computador e internet com os alunos, o que os leva a buscarem se atualizar sozinhos (92% dos professores das escolas privadas e 91% das públicas); com outras pessoas (75% e 76%, respectivamente); e também com os próprios alunos (53% e 46%).
 
Internet na escola
Tanto nas escolas públicas, quanto nas privadas, em 93% dos casos o local para usar internet está na sala da coordenação pedagógica ou da diretoria. Enquanto o posicionamento do item na sala de aula das escolas públicas fica em último lugar, com 43%; e nas privadas está em terceiro lugar, com 72%.
 
Ademais, a maior porcentagem da internet sem fio disponibilizada nas escolas está fora do alcance dos alunos e a velocidade média autodeclarada dessa internet é de até 2 MB nas públicas, chegando a 10 MB nas privadas. Em média, em 37% das escolas a velocidade é de até 2 MB – 45% nas públicas e 23% nas privadas.
 
Para a pesquisa, foram feitas entrevistas, entre setembro e dezembro de 2015, em 898 escolas, com 898 diretores, 861 coordenadores pedagógicos, 1,6 mil professores e 9,2 mil alunos. A avaliação visa fomentar políticas públicas à área de tecnologia da informação e educação. Para acessar os dados completos, clique aqui

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