Publicado há 50 anos, “Educação e Atualidade Brasileira”, o primeiro livro do educador Paulo Freire, ainda reverbera, com muita pertinência, pelo meio educacional. No momento em que pesquisadores, gestores e professores buscam entender como a educação precisa ser modificada para se adequar ao “novo mundo” e ao “novo estudante”, ambos cada vez mais digitais e conectados, a obra do pernambucano é uma fonte para enriquecer a discussão. Essa opinião é da pesquisadora de novas tecnologias na educação Bianca Santana.

Durante a terceira edição da Campus Party, em São Paulo, Bianca foi palestrante da mesa “Redes Sociais na Educação”, que contou ainda com a educadora Sônia Bertocchi, o secretário municipal de educação de São Paulo, Alexandre Schneider, a doutora em educação Lilian Starobinas e o coordenador de políticas públicas do Google Ivo Correa.

 

Seguindo o ritmo do discurso que manteve durante o painel, quando defendeu a autonomia do aluno nos processos educacionais, Bianca Santana falou ao Instituto Claro por que considera muito importante para os educadores contemporâneos a leitura de “Educação e Atualidade Brasileira”. “A tecnologia ajuda a potencializar o que está offline, e as teorias que Paulo Freire apresenta nesta obra completam esse processo prático”, diz.

 

No livro, que foi relançado em 2002 pela editora Cortez, Paulo Freire classifica de “inautêntica” a educação que predominava no Brasil, com estruturas autoritárias “isolando” o professor do aprendiz. Embora sob uma outra realidade, de mais liberdade a todos, a educação no país ainda não mudou na essência e mantém características semelhantes às que já incomodavam o atento educador nos anos 50.

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