Todas as manhãs de sábado, a Escola Municipal Professor Antônio Carlos Manzini, em Matão (SP), abre suas portas para uma atividade diferente. Alunos de diversas turmas do ensino fundamental 2 se reúnem para os ensaios do coral “Canto da Rosa”. A iniciativa surgiu por acaso, em 2015, após uma gincana escolar.

“Na ocasião, os alunos se dividiram em grupos e fizeram apresentações musicais. Percebemos que muitos tocavam instrumentos e outros gostavam de cantar. Por isso, tivemos a ideia de criar um grupo”, relembra o professor de matemática João Machado, que assumiu a liderança do projeto.

O repertório do coral transita entre canções da música popular brasileira e do folclore. Além disso, os ensaios se apoiam nas disciplinas de língua portuguesa e matemática. “No primeiro caso, há a leitura e interpretação das letras antes de cantarmos. Já na matemática, procuro trabalhar com os estudantes ritmo, tempo e espaço”, relembra.

Segundo o professor, os alunos que participam do grupo apresentaram melhora na concentração e na relação com a escola. Contudo, os principais benefícios foram em relação à socialização. “É uma atividade em grupo, com todas as vozes e instrumentos alinhados a um mesmo objetivo”, revela.

A estudante Beatriz Oliveira, de 14 anos, concorda. “No coral, há um ambiente de diálogo e de ajuda entre as pessoas. Sinto também que melhorou a aproximação entre professores e alunos”, relata a aluna, que participa do projeto há dois anos.

Já Vitor Hugo, de 13 anos, aponta benefícios no processo de aprendizagem. “Eu vi meus amigos entrando no grupo e resolvi participar também. Contudo, gostei mais do que imaginava. Coincidência ou não, as minhas notas melhoraram neste período”, garante.

O esforço dos alunos e dos professores foi reconhecido em 2016, quando “O Canto da Rosa” ganhou um concurso estadual de corais infanto-juvenis.

Desenvolvimento pessoal

Já na Escola Estadual de Educação Especial Helena Aparecida, de Lagoa da Prata (MG), o coral Vozes Especiais é utilizado para estimular o desenvolvimento pessoal dos alunos. A iniciativa é tocada por 25 professores da instituição.

A ideia surgiu em 2013, com atividades voltadas para a música, como show de calouros, apresentações de roda de viola e dublagem de artistas. O objetivo era estimular ainda mais a linguagem oral de cada estudante. As atividades musicais foram trabalhadas de forma interdisciplinar em 2013 e 2014. Somente em 2015, o coral de alunos foi concretizado. Os integrantes possuem deficiências múltiplas.

“Valorizamos as capacidades individuais e usamos estratégias que contribuem para a elevação da autoestima de cada aluno, de forma que se sintam parte importante do grupo”, destaca Ana Maria da Silva Bernardes, uma das docentes responsáveis pelo coral. “O estudante desenvolve constantemente o domínio das linguagens oral e escrita, pronúncia, resolve situações e problemas do cotidiano e se percebe como agente transformador”, finaliza.

Foto: Arquivo pessoal
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