Publicado em
25 de abril de 2016
Cinco milhões de crianças e jovens brasileiros que antes não iam além do famoso “quadrado mágico” – formado pelo vôlei, basquete, handball e futebol – já estão se aventurando no badminton, no rúgbi, no goalball, na esgrima e em diversas outras modalidades. O resultado é iniciativa do “Transforma”, programa da área de Educação do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O “Transforma” oferece formação à distância para alunos líderes do programa nas escolas, tutores, coordenadores pedagógicos e capacitações em diversos esportes para professores de educação física.
Qualquer escola pode participar, sendo ela pública ou privada. Para isso, basta acessar o site do programa e escolher a forma de atuação. “Pode ser por meio de um curso, baixando uma aula ou fazendo uma capacitação. O educador escolhe como levar aquele conhecimento à escola, de acordo com a realidade dela”, resume o gerente de Educação do Comitê Rio 2016, Vanderson Berbat.
“Os valores que envolvem o esporte, como amizade, coragem e inspiração são grandes ferramentas de aprendizado e não vejo oportunidade melhor do que os Jogos Rio 2016 para trabalhá-los em sala de aula. Seja com gincanas, desafios, vídeos, exemplos inseridos nas matérias, como a reação química do doping ou a velocidade que um atleta precisa alcançar para saltar um obstáculo. Não importa a fórmula e sim o produto final: melhor frequência escolar, valores reforçados e mais esporte na educação”, defende.
Aulas no YouTube
Participam das capacitações para professores de educação física profissionais de confederações, que ensinam a parte prática e teórica dos esportes pouco conhecidos no Brasil, como o goalball, tiro com arco e esgrima. “Durante a aula, também promovemos oficinas de materiais alternativos, para facilitar a introdução desses esportes na escola, como tubos de PVC, barbantes e papelão. Para quem não pode participar das capacitações presenciais, também disponibilizamos uma série chamada “Aprenda a Ensinar” no YouTube, com o passo a passo para levar um novo esporte para a escola”, orienta.
Estudantes se encontram no “Transforma Festival”, que
aconteceu na Rocinha (RJ) (Crédito: divulgação)
Atualmente, o “Transforma” impacta dez mil escolas e atua presencialmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Amazonas e em Brasília (DF). No município do Rio de Janeiro, o programa já integra o sistema de políticas-públicas da cidade. Também integram o projeto outras duas iniciativas: o “Festival Transforma”, que oferece circuitos de esportes para jovens e adultos durante um dia, e o “Conexão Transforma”, intercâmbio com escolas de outros 17 países, como França, Cabo Verde e Japão.
A professora de Educação Física Cíntia Amanda, do Colégio Estadual Hebe Camargo (RJ), é uma das coordenadoras do “Transforma” da sua escola desde 2015. Por meio do programa, seus alunos estreitaram laços com estudantes de Cabo Verde. “Os alunos participam e se doam integralmente, mobilizando toda escola. Oficialmente, o ‘Transforma’ termina com o fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mas seu legado permanecerá em nosso ambiente escolar”, destaca.
Veja mais:
Transforma estreitou laços entre alunos do Colégio Hebe Camargo
(RJ) e de Cabo Verde (Crédito: acervo pessoal)
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