Em São Paulo, especialistas se reuniram para falar sobre formas de integrar educação e novas ferramentas de aprendizagens e apresentaram soluções simples de serem aplicadas em sala de aula. O encontro, que aconteceu no último sábado, 22/02, no Centro Universitário SENAC, contou com a presença de Neuza Sofia Guerreiro Pedro, doutora em educação pela Universidade de Lisboa, Romero Tori, doutor e livre-docente pela Universidade de São Paulo em Tecnologias Interativas e mediação de Claudia Hardagh, doutora pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no Programa Educação e Currículo.
Durante o encontro, os especialistas mostraram que, na verdade, não são as ferramentas que podem mudar radicalmente o ensino, mas a metodologia que é utilizada. “A tecnologia é o meio, o que precisamos repensar é a forma de ensinar. Sempre dissemos que os jovens estão desmotivados, mas será que não são nossas aulas que estão paradas? Os alunos gostam de desafios para desvendar, podemos trabalhar alinhado a isso”, explica Romero Tori.
Debate: Tendências em Educação e Tecnologias
Para Neuza, a educação conseguiu o mais difícil ao longo dos anos, não mudar, continuar igual. “Estamos em 2014 e o processo de aprendizagem humana ainda é baseado em teorias muito antigas. Temos que entender que a forma como aprendemos hoje é diferente do passado, não é melhor e nem pior, mas é diferente porque estamos rodeados de ferramentas e informações o tempo todo”, comenta a doutora em educação.
A troca de experiência também é um fator que deve ser levado em consideração na construção de metodologias de ensino, pois estamos em uma era em que o aluno pode ter mais conhecimento em alguns temas do que o educador. Por isso, o ideal é que o professor seja um mediador na sala de aula. “Os jovens estão mais ativos, eles estão cercados com diversas ferramentas, cabe ao educador conduzir a forma de aprender com esses instrumentos e ensiná-los a lidar com tanta opção”, ressalta Neuza.
Sobre a rapidez com que a tecnologia é atualizada/ alterada, é importante saber que não tem como acompanhar a cada mudança, mas é possível contar com o apoio das crianças para acompanhar todo movimento de mudança, aprendendo juntos.