Está cada vez mais latente a falta de interesse dos jovens pelas aulas convencionais. Pesquisas* apontam que os alunos reclamam que os professores não usam a tecnologia durante as aulas. Mas a questão principal é: como inserir novas ferramentas sem esbarrar em legislação e falta de recursos?

A Coordenadora Pedagógica da Fundação Vanzolini, Ghisleine Trigo Silveira, esteve na Campus Party Brasil 2014 nesta terça (28/1) e falou sobre a importância da quebra de barreira. “Notamos que o celular tem sido o pontapé inicial, a chave para potencializar o uso dos demais recursos tecnológico”, ressalta Ghisleine.


Ghisleine Trigo Silveira, durante a Campus Party brasil 2014

Para a especialista, o celular, que está cada vez mais presente na vida dos jovens, deve ser o meio e não o fim. “Ele deve ser o instrumento de apoio para integrar professor, escola e aluno, uma ferramenta para construção de um produto que gere resultado. O aluno quer saber o que ganha com aquilo, porque, por exemplo, com ou sem celular o professor corre o risco de perder a atenção dos alunos, então ele precisa ver resultado naquilo” completa a coordenadora.

Porém, é preciso estar atento às legislações de cada Secretaria de Educação. “Em muitos estados é proibido o uso do celular na escola, porém, a lei fala sobre prejudicar o desempenho, e nós estamos querendo utilizar como ferramenta de trabalho”, explica Ghisleine Trigo Silveira.

Na prática
Uma forma de mostrar que é possível integrar as novas ferramentas na educação, a Fundação Vanzolini promove o projeto Escola com Celular, que propõe o uso das tecnologias da informação e comunicação como estratégia para trabalhar conteúdos curriculares. “A iniciativa é feita em parceria com a Secretaria Municipal da Educação, escola, professores e alunos. Apresentamos a ideia e, se eles toparem, construímos em conjunto”, comenta a coordenadora pedagógica da Fundação.

O Escola com Celular é voltado para todas as disciplinas, visando motivação e aprendizado dos alunos, articulação, engajamento da família e comunidade escolar, além de proposta de melhoria das condições da escola e do se entorno. “Formamos os professores para esse universo, falamos a linguagem dos alunos e integramos o grupo para que produzam junto”, completa Ghisleine.

No ano passado o projeto passou por 10 escolas de Caraguatatuba, em São Paulo, envolvendo 795 alunos do 6º e 7 anos e 186 professores das disciplinas ciências e geografia.

*Pesquisa Cebrap – O que pensam os jovens de baixa renda sobre a escola, de 2012.

Veja outras matérias da Campus Party:
– Jorge Tinoco Correia Neto, 13 anos, QI 153
– Seremos todos velhos digitais?

 
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