Do total de visitantes do Museu da Língua Portuguesa,
65% são estudantes (Foto: Jefferson Panciero/Museu
da Língua Portuguesa)

Durante as férias escolares, grande parte dos museus têm programações especiais para crianças e jovens como filmes, visitas guiadas e atividades interativas. Mas, em um mundo tecnológico, no qual se pode encontrar de tudo (ou quase tudo) por meio da internet, os museus ainda são importantes? A resposta é sim, de acordo com o diretor técnico do Museu da Língua Portuguesa, Antônio Carlos Sartini.

“Vivemos em um mundo onde as informações estão disponíveis, mas também há um bombardeio de conteúdo de todos os gêneros e sentidos, o que pode banalizar a importância dessa informação. Os equipamentos culturais [que inclui os museus] são espaços de excelência no que diz respeito à educação não formal”, acredita ele. “Aliar visitas e práticas não formais dos museus com informação das redes e internet é muito importante para nossos jovens adquirirem conhecimento, mas com discernimento”, completa.
 
Desde a inauguração, em 2006, o Museu da Língua Portuguesa recebeu 3,1 milhão de visitantes — média diária de 1450 pessoas. Do total de público, 65% correspondem a estudantes. Também, dentre alunos, 70% responderam pesquisa dizendo ser a primeira vez que visitavam um museu. As informações são Museu da Língua.
 
Para Sartini, os museus contam com uma gama de patrimônio diversificado, que reúne objetos e documentos de arte, cultura, história, além do que chamou de patrimônio imaterial, como o Museu da Língua e o Museu do Futebol, inclusive de maneira mais lúdica por meio de vídeos, atividades interativas e exposições. “Relatam, preservam e ajudam a entender nossa história mais do que apenas reunir objetos. É um momento para focar a cultura local e regional, a tradição, a língua e festas populares.”
 
Apenas em São Paulo, foram listadas 415 instituições museológicas, públicas e privadas, em 190 municípios, em mapeamento realizado em 2010, de acordo com o Sistema Estadual de Museus (Sisem-SP), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
 
Velhas coisas novas
Sartini chama a atenção para a quebra da ideia de crianças e jovens que podem ter a visão de que museus são “enfadonhos, apenas com coisas velhas”. Aponta ainda que, durante anos, os museus se colocaram em posição distante da população e deram mais valor as ações de preservação e pesquisa.
 
No entanto, “nas ultima décadas já há um entendimento por parte das áreas de museus de que é preciso difundir. Isso fez com que se aproximassem do seu público, e passaram a manter atividades culturais que dialogam com os acervos. Aos poucos é uma imagem negativa que vai se desfazendo. O jovem hoje já sai com outra ideia do museu”.
 
Por outro lado, Sartini lembra que o hábito de consumo cultural é baixo no país, e exemplifica que o público que frequenta teatro e outros equipamentos culturais é pequeno, assim também ocorre com relação aos museus. “Por mais que nos esforcemos nos museus, criando programação para atrair, a revolução no hábito deve ser feita também na escola.”
 
Confira abaixo alguns museus espalhados pelo país:
 
 
Região Centro Oeste:
 
Brasília (DF)
 
Cuiabá (MT)
 
Campo Grande (MS)
 
 
Região Nordeste:
 
Maceió (AL)
 
Salvador (BA)
 
Fortaleza (CE)
 
São Luís (MA)
 
João Pessoa (PB)
 
Recife (PE)
 
Teresina (PI)
 
Natal (RN)
 
Aracajú (SE)
 
 
Região Norte:
 
Xapuri (AC)
 
Macapá (AP)
 
Manaus (AM)
 
Belém (PA)
 
Porto Velho (RO)
 
Boa Vista (RR)
 
Palmas (TO)
 
 
Região Sudeste:
 
Belo Horizonte (MG)
 
Rio de Janeiro (RJ)
 
São Paulo (SP)
 
Vitória (ES)
 
 
Região Sul:
 
Curitiba (PR)
 
Porto Alegre (RS)
 
Florianópolis (SC)
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