A cartografia é entendida como a arte, a ciência e a técnica de mapear e tem acompanhado a história e a evolução do Homem. Cartografar o conhecimento por meio da construção de diversos tipos de mapas é o tema do livro “Cartografia Cognitiva”, dos autores Alexandra Okada, Edmea Santos e Saburo Okada.

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Maria da Graça Moreira, que atua na implantação e coordenação de projetos de EAD em instituições de ensino superior, explica nesta indicação que o precursor da utilização de mapas conceituais foi Novak [Joseph Novak] que, nos anos 70, os definiu como a arte de mapear o conhecimento de uma pessoa (ou de um grupo de pessoas) e representar conceitos e suas relações. Essa utilização é baseada nas teorias da aprendizagem significativa de David Ausubel.

 

“O livro Cartografia Cognitiva traz ao educador uma visão geral dos principais conceitos e a fundamentação teórica sobre mapas e seus contextos de utilização”, aponta Maria da Graça.

 

A educadora fala ainda sobre a evolução dos mapas cognitivos: “Anteriormente desenhados com lápis e papel, atualmente contam com diversas opções de ferramentas tecnológicas (software) para sua autoria, desenvolvimento e compartilhamento. Podem ser encontrados diversos exemplos de ferramentas gratuitas na internet, como o software Cmap, bastante utilizado no Brasil ou o software Mindmeister, que permite a construção de mapas colaborativos online.”

 

Ela diz que é possível encontrar aplicações de mapas conceituais em diversas situações de ensino: “no ensino fundamental, médio e superior; na formação de professores; na educação corporativa etc”.

 

A cartografia cognitiva, segundo análise de Maria da Graça, é empregada principalmente para:
o Analisar de textos
o Sistematizar conceitos
o Organizar, visualizar e compreender conteúdos
o Construir e analisar percursos
o Elaborar Projetos
o Analisar dados de pesquisas
o Elaborar revisões bibliográficas

 

A educadora classifica a obra como “rica em exemplos sobre as diferentes aplicações educacionais do mapeamento”. Ela destaca que, no final de cada um dos 21 capítulos da obra, os autores sugerem temas para o desenvolvimento de debates com seus alunos tanto em salas de aula presenciais como em ambientes virtuais de aprendizagem (fóruns) e um glossário dos principais verbetes utilizados.

 

 

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