Desenvolver projetos com alunos é uma das possibilidades que o educador dispõe para promover aulas que fujam do método tradicional, em que os estudantes dependem excessivamente dos conteúdos expostos pelo professor .

Marcio Roberto Gonçalves de Vazzi, professor do Instituto Educacional de Monte Alto e professor do Centro Paula Souza de Taquaritinga (SP), é entusiasta da utilização de projetos, tanto que recentemente desenvolveu a tese Robótica Educacional à Luz da Pedagogia de Projetos. Sua proposta foi apoiar a criação de uma metodologia dinâmica, focada na criatividade e ações práticas dos alunos.

 

Durante a formatação das suas ideias, Vazzi pesquisou, buscou referências na área e indica para os educadores que queiram trabalhar com projetos, ou para aqueles que já o fazem, o livro “Pedagogia dos Projetos – Etapas, Papéis e Atores”, de autoria de Nilbo Ribeiro Nogueira. “É excelente porque fundamenta teoricamente toda a criação de projeto e instrui o professor a adotar o papel de orientador na execução do trabalho e a não concentrar as ações”, explica ele.

 

Com vasta experiência na educação, Vazzi, que além da robótica já pesquisou temas como servidores de internet e arquivos, biblioteca virtual e gestão de T.I. conta que assistiu, ao longo da carreira, colegas trabalharem projetos em sala de aula de forma “errada”, sem permitir que os alunos demonstrassem autonomia. “Quando o professor assume o projeto, pensa nas etapas, desenvolve praticamente tudo sozinho e apenas delega funções aos estudantes, ele evita que os seus alunos mostrem e desenvolvam competências”, opina.

 

Segundo o professor, “Pedagogia dos Projetos – Etapas, Papéis e Atores” tem conceitos básicos, mas fundamentais. A obra discorre sobre projetos mostrando o quanto estes podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades e para a conquista de autonomia pelos alunos. A leitura flui sem empecilhos nem muito esforço de interpretação devido à organização dos capítulos.

 

Primeiro, é apresentada no livro a discussão sobre a formação integral do estudante, ressaltando que transmitir conhecimentos é tarefa fundamental da escola, mas não a única. Em seguida, no capítulo dois, surgem questionamentos sobre o conceito de projeto e as abordagens sobre as intenções na realização do mesmo. Já as etapas de execução propriamente dita, que envolvem alunos e dos professores no processo, vêm em seguida, finalizando.

 

“No meu caso, eu atuo com robótica. Então são necessárias ferramentas, soldas… Mesmo sendo necessários cuidado e supervisão atenciosa, por uma questão de segurança, eu me preocupo em não interferir muito na produção dos alunos”, relata Vazzi, confirmando que esse é o ponto-chave para se potencializar os resultados de um projeto na formação dos estudantes.

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