A Fundação Victor Civita apresentou, no dia 19/10, na Semana da Educação 2010, os resultados da primeira etapa da pesquisa “Perfil do Coordenador Pedagógico”, realizada em escolas públicas de 13 capitais pelo Ibope Inteligência. A pesquisa procurou estabelecer dados quantitativos que mostrem o estado das coordenações pedagógicas e irá nortear a segunda etapa, qualitativa, que deve ser concluída em maio de 2011.


Dentre outros dados mostrados e discutidos pela professora da PUC-SP Vera Placco, uma das coordenadoras da pesquisa, alguns dizem respeito ao nível de entrada e utilização das TICs (tecnologias de informação e comunicação) na rede pública e na formação de docentes. O cenário das TICs dentro das escolas ainda é muito tímido, porém aponta algumas perspectivas de mudança.

Num dos levantamentos, constatou-se que apenas 2% dos coordenadores pedagógicos entrevistados fizeram algum curso de atualização ou especialização na área de novas tecnologias. Para Vera Placco, é um sinal de alerta, já que “as novas tecnologias são a porta de entrada das escolas para o século XXI”.

Outro dado relevante diz respeito à própria formação dos coordenadores. Apenas 2% foram formados por EAD e 7% através da modalidade semi-presencial. Vera Placco avalia que os números são baixos e coloca como hipótese de explicação a média de idade dos coordenadores, de 44 anos, em confronto com essa modalidade de ensino, que é relativamente nova. Ela adverte, porém, que conclusões exatas só serão possíveis a partir do futuro estudo qualitativo.

Maior uso de ferramentas

Por outro lado, a pesquisa mostrou também as ferramentas pelas quais os coordenadores formam os docentes das escolas. 88% usam vídeos, 73% recursos de áudio e 69% se utilizam de PPTs. Ainda, 61% dos coordenadores pedagógicos afirmam que se utilizam de sites e portais online para se atualizarem. Ou seja, esses números apontam um potencial das tecnologias de informação e comunicação em impactar processos pedagógicos.

Essa primeira etapa da pesquisa foi quantitativa e não forneceu conclusões, salienta Vera Placco, já que algumas incoerências e contradições apareceram dentro das respostas. As questões serão melhor analisadas através da pesquisa qualitativa, a ser concluída em 2011, que procurará entender o porquê dos números apresentados, inclusive os dados que se referem ao uso de novas tecnologias nas escolas da rede pública.

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