Hoje, a humanidade já não se baseia no incrível aprendizado gerado pelo “boom” da internet e sim na readaptação social gerada pela proliferação das redes digitais. Nesse contexto, de que forma as empresas estão trabalhando para lidar com essa avalanche de exigências e personificações na prestação dos serviços? Em meio a tantas inovações e questionamentos mercadológicos dos empresários e profissionais, para o cientista e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Silvio Lemos Meira, o principal caminho é ter como estratégia a mudança na forma de fazer as coisas dentro do mercado, por meio do constante processo de inovação.

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“As pessoas querem atendimento pessoal e não genérico”, afirma Silvio Meira

A tese foi apresentada durante o maior evento de TI e telecomunicações da América Latina, a Futurecom 2010, na palestra “Inovação e Empreendedorismo em TICs, num ‘Mundo Social’”. Meira discutiu novas estratégias de mercado que as empresas deverão adotar e como o futuro profissional deverá abrir a sua percepção “humanística” na hora de negociar. Para o docente, a questão atual do empreendedor está amplamente atrelada ao “universo do conhecimento com o constante fluxo de informações que trafegam na rede”. E o que deseja o consumidor nesse contexto? “Em uma economia do conhecimento, todos querem ter a simplicidade da usabilidade dos produtos”, disse Meira.

Tendo em vista que a sociedade atual se depara com milhões de novos aplicativos e conceitos a cada segundo, fazendo parte de uma web já 3.0, que ele denomina como “digital/móvel/conectável/programável”, o professor abre espaço para o questionamento de “o que é que as pessoas querem de fato?”. E responde: “Elas querem atendimento pessoal e não genérico. Assim como a métrica da singularidade, cada contato com o cliente é um ‘start up’ temporal e, por isso, o mundo programável está dentro da vida das pessoas”.

O último levantamento do IDC América Latina previu que o número de smartphones a serem vendidos até o final de 2010 na região seria de 17 milhões e, hoje, já está na faixa dos 130 milhões. Esses dados reforçam a defesa de Meira sobre a tendência de as pessoas quererem ter o mundo ligado ao seu redor. O cientista também avalia que as empresas devem se adaptar à revolução como espaço de oportunidades ou na evolução dentro da normalidade porque, nas suas palavras, “o que é novo já faz parte do convívio diário das pessoas e não causa tanto espanto”.

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Silvio Meira defende investimentos em aprendizado pessoal para a sobrevivência dos empreendedores

Para Meira, a sobrevivência dos empreendedores depende do quanto eles estão aptos às exigências de se comunicar com seus clientes em todo momento e por meio da customização. Ele reforça que isso só é possível quando há investimentos em dinâmicas de aprendizado pessoal.

“Singularidade, mobilidade, comunidade, sincronicidade, localidade, usabilidade e programabilidade é o que as pessoas querem e de modo fácil de utilizar”, sugere o docente ao alertar que nos próximos anos, das 10 mil empresas existentes só no Brasil, metade delas será vaporizada pelo mercado de software, em que a competição se baseia na produção de aplicativos em rede. “Nós já vivemos em um ecossistema de máquinas sociais conectadas. Tudo é software e o tempo todo é preciso aprender, desaprender e empreender, fundindo no conceito: apreender o processo de planejamento para se tornar mais competitivo”, conclui Silvio Lemos Meira.

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