Doutora em Lingüística pela Universidade Federal de Santa Catarina, Gláucia da Silva Brito é uma estudiosa da relação entre as tecnologias da informação e a comunicação. Professora, há anos ela também pesquisa sobre o impacto das novas tecnologias na educação e participa de debates sobre a inclusão digital.

Foi a partir da vivência nas escolas e universidades, e durante conversas e troca de experiências com colegas de profissão, que Gláucia observou a necessidade de  desmistificar o computador como a “primeira nova tecnologia” na sala de aula, assim como ressaltar as dificuldades enfrentadas pelos educadores na utilização dessa nova ferramenta e suas possibilidades.

“No livro, eu e a Ivonélia (co-autora) deixamos bem claro que antes do computador houve a televisão na sala de aula, nos anos 80, e muito antes disso, em 1947, já até se utilizava o cinema, tanto que utilizamos no título o termo ‘re-pensar’ por esse motivo”, explica Gláucia.

Ela destaca que em todos os momentos de inserção de novas tecnologias na educação os professores enfrentaram o mesmo problema: a falta de uma formação adequada para lidar com as novidades. “A implementação não é acompanhada de informações para os professores e isso prejudica o processo de ensino-aprendizagem”, diz Gláucia, que bate nessa tecla ao longo do livro.

Embora não citem metodologias nem proponham formas de fazer essa adaptação, as autoras pontuam a problemática e tentam mostrar a importância de preparar o professor para lidar com as novas tecnologias. “Só estando bem preparados é que os educadores vão saber equilibrar o uso desses novos recursos. Vão saber quando usar, o porquê de usar e também quando valerá a pena manter as ferramentas mais tradicionais”,  explica Gláucia.

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