Publicado em
15 de dezembro de 2016
A estudante Giovanna Nunes,15, sempre se comoveu com os problemas de saúde de seu pai, portador de miastenia grave, doença que provoca interrupções na comunicação entre nervos e músculos, gerando dores, fadiga e problemas de mastigação, respiração e fala. Após ter sido indicada pela escola onde estuda (E.E. Julieta Caldas Ferraz, Taboão da Serra) para participar de aulas de programação no Instituto Ismart, Gionanna teve a ideia de usar o que aprendeu para desenvolver um aplicativo destinado a pessoas que lidam com a doença.
“Após ver meu pai sofrendo tanto, resolvi fazer um app para que mais pessoas pudessem descobrir a doença e ajudar todos que sofrem com o problema”, justifica. “O aplicativo é dividido em abas. Uma delas traz mensagens de inspiração, enquanto outra direciona para o site da Abrami – a Associação Brasileira de Miastenia – que sempre traz atualizações sobre a doença”, descreve.
O projeto de Giovanna também conta com um espaço para dicas de exercícios físicos destinados a amenizar os sintomas da doença, assim como um chat para bate papo e comentários dos usuários.

Giovanna Nunes “Estudar programação ajuda os jovens
a colocar sua criatividade em prática”
(Crédito: Tiago Queiroz/Divulgação Ismart)
Criatividade
O aplicativo de Giovanna acabou alçando voos que a própria estudante não esperava. Após ter sido disponibilizado na plataforma gratuita Fábrica de Aplicativos, o app foi baixado por mais de 150 pessoas. “Confesso que o número superou minhas expectativas, pois acreditava que ele não seria baixado por tantos usuários. Com essa experiência, aprendi que é sempre bom tentar ajudar os outros e comecei a gostar ainda mais da área de computação”, revela.
Giovanna defende ainda que mais estudantes tenham contato com a programação – que ajuda a desenvolver raciocínio lógico e explora conceitos matemáticos. Tanto que a jovem se tornou uma grande incentivadora de suas amigas para que elas também estudem a prática. “Nós vivemos em um mundo tecnológico. Todos os jovens têm um celular em mãos, embora poucos tenham o interesse em saber como os aplicativos são feitos. O ideal seria que todos tivessem acesso à programação para que pudessem abusar da criatividade e colocar em prática as suas ideias”, destaca.
Veja também:
Please login to comment
0 Comentários