Seja ao ministrar uma aula ou falar durante a reunião de pais e mestres, a oratória é um recurso bastante exigido durante o exercício da profissão de professor. Uma boa oratória permite comunicar um conteúdo com qualidade, prender a atenção do ouvinte e ainda facilita o processo de ensino e aprendizagem. A seguir, a comunicóloga, atriz e palestrante Bia Mussi separou oito dicas para melhorar a habilidade de falar em público. Confira!

Fala ritmada 
Uma fala que é dada sempre no mesmo tom de voz, ritmo e volume tende a ser entediante para quem está ouvindo.  “Ao contar uma história ou explicar um conteúdo, utilize recursos de fala diversificados. Você pode abaixar e subir o tom em diferentes momentos, intercalar sentenças ditas rapidamente com outras mais lentas”, exemplifica Bia. “Isso ajuda a prender a atenção do aluno e deixa o relato mais convidativo”, acrescente.  
 
Atenção ao pescoço
Frederick Matthias Alexander era um ator shakespeariano do final do século XIX que se percebeu ficando rouco. Depois de muito se observar, ele notou que esticava o pescoço e projetava o queixo à frente ao falar alto – hábitos que estavam prejudicando as suas cordas vocais. Nascia, assim, a chamada “Técnica de Alexander”, que estuda o impacto da postura na voz. “Ao falar, o ideal é imaginar um fio puxando o centro da sua cabeça e manter o queixo levemente para baixo”, ensina a comunicóloga. 
 
Falar alto não é gritar
Não gritar é um desafio para professores que lecionam em classes lotadas. Pois além de prejudicar as cordas vocais, o som estridente incomoda quem está ouvindo, o que também pode prejudicar a aprendizagem do conteúdo. Assim, a dica é projetar a voz ao falar alto, ou seja, imaginar o som sendo direcionado para pontos específicos. “Imagine também que asua voz está ‘abraçando’ toda a sala”, complementa.
 
Articule as palavras
A projeção da voz é reforçada quando as palavras são ditas de forma articulada. “Ou seja, utilize toda as articulações da boca e da face para dizer cada sílaba ou vogal”, lembra Bia. 
 
Não “coma” palavras
Segundo Bia, um erro bastante comum nas oratórias é “engolir” o final das frases ou palavras. “Por exemplo, uma pessoa que se chama Maria Fernanda se apresenta como ‘Maria Fernan’, cortando o ‘da’”, explica. O resultado é que o ouvinte precisará se esforçar para entender o que está sendo dito. “Assim, a dica é prestar atenção na pronuncia e no volume das palavras e frases até o seu final”, orienta.
 
Pés ancorados
Na hora de dar uma aula, seminário ou falar em público, certifique-se de que os pés estejam ancorados no chão. “Quando a pessoa fala se balançando de um lado para o outro, ou andando para trás, é transmitida uma sensação de insegurança”, justifica. Além disso, os precisam estar levemente flexionados. “Isso permite que o professor consiga passar de um movimento a outro com facilidade, quando necessário”. 
 
Palavras têm pesos distintos
“Toda palavra tem cor, peso e sabor, que ajudam a ditar a forma como elas podem ser ditas”, conta Bia Mussi. “Por exemplo, a palavra ‘leve” pede uma leveza na hora de ser falada. Enquanto a palavra ‘pesada’ deve ser dita de forma mais robusta”, orienta. “Entender o peso de cada palavra ajuda a deixar a oratória mais atraente”, recomenda. 
 
Olhos nos olhos 
Manter contato visual é uma condição imprescindível para capturar a atenção da audiência. “Isso gera empatia, identificação e fortalece o vínculo entre professor e audiência naquele momento”, indica.  
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