A escolha da carreira é um momento importante na vida do jovem. “Será a partir dessa realização profissional que outras conquistas virão, algumas agregadas também à vida pessoal”, lembra a professora do curso de Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Márcia Gisela de Lima.

O processo envolve, em linhas gerais, autoconhecimento e a busca de fontes de informação confiáveis sobre as profissões e os cursos que se deseja seguir. Confira, a seguir, sete dicas valiosas para orientar essa jornada antes da decisão.

Conheça novas profissões
Segundo o assessor do projeto “Tô no Rumo”, da Campanha Educativa, Gabriel Di Pierro, o jovem geralmente conhece um leque restrito de profissões. “Conhecer mais profissões amplia as possibilidades de escolha”, garante. Além disso, uma mesma profissão pode oferecer possibilidades diferenciadas de atuação. “Por exemplo, apenas no campo de Comunicação, há cursos universitários que focam áreas diversas, além de modos diferentes de exercer da profissão. É importe conhecer todo esse universo”, orienta.

Não se paute pelo mercado
Há pouco tempo, o campo de construção civil estava aquecido e impulsionava a economia brasileira. O cenário, contudo, mudou em menos de quatro anos – o tempo que dura um curso de engenharia civil. “Todo o cenário é volátil e incerto. Mesmo que uma área seja rentável no momento do vestibular, muita coisa pode mudar até o estudante pegar o seu diploma”, adverte Pierro.

Evite estereótipos de gênero
“Enfermagem é profissão de mulher”. “Engenharia é curso de homem”. Essas supostas classificações de carreiras por gênero é uma restrição que a cultura impõe – e que deve ser combatida. “Não se imponha limites desnecessários, baseados em senso comum e preconceitos”, lembra Pierro.

Defina a sua estratégia
A necessidade urgente de se colocar no mercado de trabalho e de ter dinheiro faz com que muitos jovens não consigam acessar a profissão que gostariam de imediato. Isso, contudo, não significa abrir mão de seu sonho. “Alguns estudantes podem ter que lançar mão de estratégias mais complexas. O importante é planejar como fazer esse curso mais tarde. É possível, por exemplo, encontrar uma profissão próxima da carreira na qual eu quero atuar no futuro”, destaca Pierro.

Olhe para o seu percurso escolar
O percurso escolar pode fornecer pistas valiosas ao jovem sobre as áreas que ele tem mais afinidade, como humanas, exatas e biológicas. Gabriel, contudo, indica usar esse olhar apenas como ponto de partida. “Apesar de ser uma boa indicação, o percurso escolar é insuficiente porque as profissões, geralmente, envolvem áreas interdisciplinares. Um bom exemplo é a arquitetura”, lembra.

O que você faz bem?
Liste as suas competências e habilidades. “Quando eu tenho clareza sobre o que eu sei fazer, minha escolha fica facilitada. É um processo de reflexão e autoconhecimento”, esclarece a psicóloga Márcia Gisela de Lima.

Busque referência de qualidade
Certos jovens decidem tentar um curso de medicina ou de direito porque são profissões relacionadas a grande status social. Nesse caso, a pergunta deve ser: quais são as minhas fontes de informação sobre essas profissões? Será que elas são fidedignas? “A mídia e a novela divulgam estereótipos sobre determinadas profissões. É necessário questioná-los”, sugere Pierro.

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