Os pais desempenham um papel fundamental para estabelecer uma rotina de estudos em casa, principalmente se os filhos têm dificuldade em fazê-la sozinhos. A lição de casa pode ser uma ferramenta de apoio para ajudar a criar esse hábito e aproximar os pais da realidade escolar dos estudantes.
Não existe uma fórmula pronta para criar esta rotina, mas os pais podem identificar junto aos filhos a melhor maneira de ajudá-los. “Uma dica é começar o dia de estudos pela matéria que se tem maior dificuldade, para depois, quando se estiver mais cansado, passar para a matéria que se tenha menor dificuldade”, explica Fernando Elias José, psicólogo e especialista em orientar estudantes, vestibulandos e "concurseiros".
Para a lição de casa, vale estar atento à agenda dos filhos para acompanha-los durante a atividade. “Os professores e coordenadores devem sempre ressaltar a importância das tarefas de casa. Com elas conseguimos estimular o desenvolvimento cognitivo das crianças, ensinar como fazer pesquisas, além de fomentar a autonomia e concentração deles”, ressalta Andréa Sabino, coordenadora pedagógica da EMEIFMoura Brasil, de Fortaleza (CE).
Caso os pais não dominem o conteúdo, não precisa entrar em pânico, basta procurar orientações na própria escola do filho para identificar a melhor forma de ajudar com as dúvidas deles. “Algumas escolas já possuem programas de reforço no contra turno, o que facilita para quem não pode pagar aulas de reforço”, finaliza Andréa.
Lembrando que o ambiente em que ele for estudar ou fazer as tarefas precisa ser um local tranquilo, com pouco barulho e sem interrupções para não atrapalhar a concentração deles. “Quando meu filho vai fazer lição de casa eu desligo tudo, porque ele se desconcentra rápido. Prefiro também que ele faça no mesmo dia que ele recebe a tarefa, para não deixar para depois, e sempre depois do banho e jantar, para estar mais tranquilo. Além disso, se ele tira uma nota baixa na prova, montamos um esquema de estudo em uma folha a parte, com outros exercícios, para ele compreender ainda mais”, conta Andressa da Costa Santos, 30 anos, mãe de um menino de 9.