Professor e pesquisador de recursos de ensino a distância (EAD), além de mestre em Engenharia de Computação (IPT), Carlos Valente há anos se debruça sobre o Second Life, um dos mais populares ambientes virtuais tridimensionais. Em parceria com João Mattar, doutor em Letras pela USP e professor universitário também especialista em EAD, Valente publicou, em 2007, o livro “Second Life e Web 2.0 na Educação”.

O autor destaca a obra para os professores que já possuem algum conhecimento de web 2.0 e afirma que, ao realizar a leitura da mesma e pôr em prática atividades nos ambientes que contam com avatares e que possibilitam construções em rede, os usuários estarão adentrando o universo do 3.0. “Quando você sai da interface bidimensional, na qual a única parte do seu corpo que participa das movimentações é mão, ao movimentar o mouse, e parte para uma experiência em 3D, você realmente entra no universo virtual, participa. Não é só a construção do processo que é diferente, é a participação intensa em uma outra realidade”, diz Valente.

 

Experiências educacionais com o Second Life realizadas no Brasil e no Exterior são listadas no livro e podem servir de inspiração para professores que utilizem o simulador. Carlos Valente cita como exemplo um trabalho desenvolvido na Universidade de Aveiro, em Portugal, onde três professores de um programa de mestrado desafiaram os seus alunos a construir a universidade em questão dentro do Second Life. “Essa experiência é riquíssima e mostra como foi o processo, quais as opções dos alunos e o que foi preciso fazer para que conseguissem viabilizá-las.”

 

Apesar de destacar a todo o momento o potencial do Second Life para a educação, Valente aconselha os professores a começarem a inserir as novas tecnologias em suas aulas de forma mais básica. “Utilizar recursos disponíveis na web e pensar em conceitos que apontem para uma participação em rede já significa uma revolução. Os ambientes tridimensionais são um passo mais à frente”, opina.

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