Qual a visão dos discentes sobre o uso das mídias e redes sociais como ferramentas de aprendizado? Este foi o tema de um ciclo de discussões ministrado pela pedagoga e doutoranda em Ciências da Educação, Erika Bataglia, durante a Jornada Virtual ABED de Educação a Distância (Jovaed). Após submeter um questionário online para 100 alunos sobre o tema, Erika descobriu que 85% dos entrevistados afirmavam considerar adequada a forma como os seus professores utilizavam mídias como Facebook, WhatsApp e Youtube no ensino.  A maioria dos ouvidos era jovens de 17 a 22 anos (29%) e de 23 a 29 anos (17%).  
 
“Além disso, 85% responderam utilizar as mídias e redes sociais para aprendizagem. Praticamente o mesmo número que afirmou utilizá-las para entretenimento, que foi 84%”, compara. Entre as mídias sociais mais utilizadas para fins acadêmicos, como pesquisas e aprofundamento de conhecimentos, estavam Youtube (80%), WhatsApp (70%) e Facebook (56%). Em relação ao uso de ferramentas interativas para estudos, os entrevistados listaram grupo de WhatsApp (85%), e-mail da turma (74%), drive do Google (48%) e grupo de Facebook (34%).  
 
Falta de tempo é empecilho
A partir dos resultados da pesquisa realizada pela especialista, um grupo de discussão foi montado no Facebook, com o intuito de oferecer aos estudantes espaço de expressão e construção de ideias. Entre as sugestões indicadas aos professores, destacaram-se deixar referências bibliográficas da disciplina nas redes sociais e usar essas ferramentas para compartilhar material de apoio atualizado em sala de aula
 
“Os alunos também opinaram que os professores poderiam fazer um uso mais amplo das mídias sociais. Como, por exemplo, serem mais participativos nos grupos de WhatsApp. Como professora, contudo, sei que a falta de tempo é um desafio. É difícil acompanhar as discussões em diversos grupos”, pondera. “Além disso, todos concordaram que criar regras nos grupos é importante. Lidar com comportamentos como o de dezenas de participantes dando ‘bom dia’ nos grupos de estudos do WhatsApp ainda é um exemplo de como a ausência de regras simples pode gerar desafios consideráveis”, comenta. 
 
Apesar de todo o seu reconhecido potencial, as redes e mídias sociais também sofreram críticas. O Facebook, por exemplo, foi considerado pelos discentes como imediatista. “Isso porque é difícil, por exemplo, procurar um arquivo que foi postado no grupo do Facebook da classe meses atrás”, relata. “A conclusão é que não existe uma mídia social que supra todas as necessidades dos alunos. WhatsApp, Facebook e Youtube, por exemplo, ajudam em tarefas diferentes”, acrescenta. 
 
Por fim, Erika destaca a importância de ouvir os alunos em relação ao uso da tecnologia na aprendizagem. “Isso evita uma educação que seja ‘de cima para baixo”. Para completar, o jovem de hoje tem um olhar diferente para a tecnologia e pode oferecer boas ideias aos professores, por mais tecnológicos que esses sejam”, garante. 
 
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