A Revolução Sexual que tem início no ocidente a partir dos anos 1960, com o advento da pílula anticoncepcional, gera um novo código de comportamento entre os jovens. De lá para cá, a ginecologista e obstetra Albertina Duarte acompanha de perto todas as mudanças que envolvem o tema.
Em 1971, especializou-se no atendimento a adolescentes. Atualmente, é responsável pelo ambulatório de Ginecologia da Adolescência do Hospital das Clínicas de São Paulo e coordena o Programa Estadual do Adolescente da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, além de possuir vários livros publicados a respeito do tema.
Na entrevista, ela esclarece que a escola é o lugar mais apropriado para se falar sobre sexo e defende atividades em grupo, que envolvam a participação dos pais, como uma forma de facilitar e ampliar o debate com os adolescentes.
Em seu cotidiano, Albertina lida com dados preocupantes, como o fato de metade dos novos casos de Aids no mundo acometerem jovens; o grande índice de infectados nesta faixa etária pelo HPV e por outras doenças sexualmente transmissíveis; a gravidez precoce que atinge uma menina a cada 20 minutos, no Brasil. Diante desse cenário, a especialista ressalta que não falta informação, mas sim atitude.
Se as primeiras relações sexuais têm acontecido entre 14 e 16 anos de idade, a escola deve ir além dos conceitos tradicionais da aula de biologia sobre mudanças hormonais e aparelhos reprodutores humanos. No áudio, há exemplos de abordagens do assunto em diversas disciplinas.
Ainda nesta edição, Albertina Duarte trata da erotização precoce que acomete crianças e adolescentes e aborda outros assuntos de relevância dentro do tema da sexualidade.
Links:
Plano de aula – Dicas de como abordar a relação entre sexualidade e adolescência
Educação sexual na escola é ‘fundamental’ para desfazer mitos; confira dúvidas dos adolescentes – Educação UOL
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