“No dia em que o Brasil tiver mais creches
e mais escolas, ele terá menos hospitais e
menos cadeias” (Lygia Fagundes Telles)
Em edição especial, o Dossiê homenageia uma das mais importantes representantes da literatura de língua portuguesa. Nascida em 1923, Lygia Fagundes Telles estudou direito antes de se dedicar exclusivamente à literatura. A autora de obras como “As Meninas” e “Ciranda de Pedra” ocupa a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras e, desde 1985, foi eleita para a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras. Em 2005, foi contemplada com o Prêmio Camões.
O áudio que você acompanha aqui foi extraído do Encontro com a escritora na Livraria da Vila, da Vila Madalena, em São Paulo, no final de 2010. Nos trechos selecionados, você descobre como o contato com as pajens (babás), que contavam histórias assustadoras, foi fundamental para que – ainda menina – Lygia passasse a escrever os próprios contos; fica por dentro das motivações presentes nos livros; descobre qual o conto preferido da própria autora e ouve pensamentos instigantes na voz dela.
Em uma das passagens, a escritora explica como driblou a censura ao colocar o relato de um torturado na voz de uma de suas “Meninas”, no romance publicado em 1974, período da ditadura militar. Ousadias como essa garantem a atualidade da obra e fazem com que os livros sejam adaptados para rádio, teatro, novelas e filmes.
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Crédito da imagem: Divulgação/UBE
Atualizado em 14/04/2021, às 11h22