Publicado em
6 de julho de 2015
Mário Raul de Moraes Andrade, mais conhecido como Mário de Andrade, foi poeta, escritor, crítico literário, ensaísta, folclorista e musicólogo. Pioneiro da poesia moderna no Brasil exerceu forte influência na literatura moderna no país, sendo considerado figura central do movimento vanguardista de São Paulo.
Mesmo sendo mais conhecido como poeta e romancista, Andrade era um excelente músico e fotógrafo, suas fotografias e ensaios que abordavam diversos assuntos como história, literatura e música foram amplamente divulgados na imprensa da época. Algumas de suas principais produções estão resenhadas aqui:
Editora Nova Fronteira, 2013
Lançado em 1928, Macunaíma é considerado um marco do modernismo brasileiro. Escrito em apenas seis dias, nas férias do autor, é obra fundamental da literatura brasileira. A história, com características de um conto fantástico, junta elementos do folclore, da história de índios, mistura a mata virgem com a São Paulo que cresce. Junta a língua falada e zomba da escrita empolada dos parnasianos. Este Macunaíma, herói sem nenhum caráter, traz as várias faces da cultura brasileira em que o herói e o autor transitam. Não há síntese, mas a soma e o diálogo, o caráter múltiplo da rica e complexa cultura brasileira.
Contos novos, de Mário de Andrade
Editora Agir, 2011
Publicada dois anos após a morte de Mário de Andrade a obra reúne nove narrativas escritas por ele ao longo de sua vida, sendo a maioria dos últimos dez anos antes de sua morte. Os contos podem ser agrupados de acordo com seu foco narrativo, pois alguns foram escritos em primeira pessoa e outros em terceira. O livro traz os contos “Tempo de camisolinha” em que retrata momentos da infância e “Primeiro de Maio” que combina subjetividade e lirismo a engajamento social.
Danças dramáticas do Brasil, de Mário de Andrade
Editora Itatiaia, 2002
Para Mário de Andrade a música era sua segunda amante. A relação do escritor com a música era tão intensa que ela aparece em muitas de suas obras. Em danças dramáticas do Brasil, o autor apresenta seus estudos a respeito da música popular captando a alma do povo e do folclore brasileiro de origem.
Paulicéa desvairada, de Mário de Andrade
Editora Edusp, 2003
No prefácio da obra, intitulado ‘prefácio interessantíssimo’, o autor já mostra a que veio: inaugurar uma atitude revolucionária em relação à cultura brasileira. Considerado um manifesto em versos livres, junta o humor com a seriedade para propor uma nova expressão, livre das amarras do passado com rimas cuidadosamente contadas. A velocidade dos carros, o cinema, a riqueza da cultura e das cores do país, a língua como instrumento de invenção e não de opressão. Uma língua rica e sonora, que junta o inglês e o tupi numa poesia que traz o tempo novo. Os tempos modernos mais como cacofonia do que como sinfonia.
Aspectos da literatura brasileira, de Mário de Andrade
Editora Itatiaia, 2002
Composto de 12 ensaios de crítica literária, Mário de Andrade aborda, de forma a validar a força da cultura brasileira, a literatura de autores importantes como Machado de Assis, Castro Alves, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Raul Pompeia, entre outros, apresentando em suas análises temas como nacionalidade, história, folclore, música popular e muito mais.
Namoros com a medicina, de Mário de Andrade
Editora Nova Fronteira, 2013
Produzido em 1937 o livro Namoros com a medicina revela a afinidade do escritor com a profissão médica. Composto de dois ensaios, o primeiro, “Terapêutica musical” que retrata o poder da cura de doenças pela música e, o segundo, “A medicina dos excretos” que relacionado ao folclore apresenta exemplos de usos terapêuticos de excrementos humanos, os textos surpreendem pela originalidade combinada ao estilo incomparável de Mário de Andrade.
Box Poesias completas, de Mário de Andrade
Editora Nova Fronteira, 2015
Consagrada como um dos principais valores culturais brasileiros, a obra Poesias completas de Mário de Andrade reúne as mais importantes poesias do autor. Tendo sido concretizada, como ele havia pensado, somente dez anos depois de sua morte, a coletânea revisita títulos publicados em 1920, próximo a Semana de Arte Moderna e textos até então inéditos do autor.
No cinema, de Mário de Andrade
Editora Nova Fronteira, 2010
O cinema representou para Mário de Andrade um novo meio cujas potencialidades de expressão artística merecem estudo e pesquisa, além de uma excelente fonte de criação poética. Interessado na sétima arte chegou a desenvolver a função de crítico de cinema e os textos produzidos, de forma lúcida, moderna e atualizada, com discussões em âmbito internacional, foram reunidos na coletânea, merecendo destaque na carreira do escritor.
O Mário que não é de Andrade, de Luciana Sandroni
Editora Objetiva, 2013
Mário vive entre prédios, seus pais envolvidos em compromissos não lhe dão tanta atenção quanto ele gostaria. Seu xará, Mário, esse de Andrade, morava numa cidade “lambida pelo igarapé Tietê” e amava viajar Brasil a fora. De Andrade era poeta, pesquisador, romancista, professor de piano e muitas outras coisas. Neste livro, os dois personagens tão diferentes, a não ser por seus nomes, se encontram e, por meio, de cartas, poemas, romances e diversos textos de Mário de Andrade criam um elo.
Por que ler Mário de Andrade, de Maria Augusta Fonseca
Editora Globo livros, 2013
Muitas são as personalidades contidas em Mário de Andrade. Autor complexo, visto como o mais nacionalista de todos e responsável pela organização da Semana de Arte Moderna de 1922, Mário de Andrade era um personagem difícil de apreender. Maria Augusta Fonseca, professora da USP, de forma ousada assume o risco de nos apresentar um retrato do escritor e abordar sua vasta produção artística, nesta obra importante para a história do país.
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