Para relaxar, descontrair e deixar a imaginação viajar nessas férias, o portal NET Educação selecionou alguns livros de crônicas. Esses relatos cotidianos são ótimos para aquela leitura mais breve, mas não com menos emoção.

A crônica se baseia em fatos do nosso cotidiano. O leitor interage com os acontecimentos e, muitas vezes, se identifica com eles e com as personagens. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa são características que torna essa leitura muito agradável.
 

A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector
Rocco, 2008
 
Escritas para coluna semanal no Jornal do Brasil aos sábados, Clarice Lispector tratou de temas variados, da infância no Recife (PE) a uma passeata contra a ditadura nas ruas do Rio de Janeiro (RJ), seu processo de criação, a satisfação em receber o carinho dos leitores e as particularidades da sua vida familiar. Ao todo são 468 crônicas, divididas por data, como em um diário, sendo que em um mesmo dia, muitas vezes publicava várias. Os assuntos são atuais, de forma que hoje são lidos sem se sentir a passagem dos anos.
 
 
 
 
 
 
 
  

Meio Intelectual, Meio de Esquerda, de Antônio Prata
Editora 34, 2010
 
Com altas doses de humor, o jovem autor é capaz de extrair do cotidiano da megalópole paulistana momentos ora poéticos, ora sarcásticos. Um sofá encalhado no mangue, uma coifa uruguaia, os trocadilhos infames nos nomes dos pet shops, o bairro de Perdizes são alguns dos temas escritos entre 2004 e 2010. Publicados em sua maioria em jornais e revistas os textos reunidos neste livro não só comprovam a sobrevivência do gênero das crônicas, como colocam Antônio Prata entre os melhores cronistas de sua geração.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Comédias da Vida Privada, de Luis Fernando Veríssimo
L&PM, 1996
 
Os heróis de Veríssimo são anônimos, vivem em ambientes onde transitam a esmagadora maioria dos habitantes deste país. Um universo ao mesmo tempo rico e banal onde o autor se inspirou para produzir as crônicas. O livro divide-se em seis capítulos. Em "Fidelidades e infidelidades", as crônicas são sobre relacionamentos conjugais e extra-conjugais; "Encontros e desencontros" tem situações criadas a partir de equívocos; "Eles e/ou elas" fala do comportamento masculino e feminino; "Família" traz situações vindas das relações familiares, assim como "Pais e filhos", que trata especificamente da relação explícita no título; e "Metafísicas" encerra o livro com situações inusitadas a partir de reflexões e casos.
 
 
 
 
 
 

A Vida que Ninguém Vê, de Eliane Brum
Arquipélago Editorial, 2006
 
Conjunto de crônicas-reportagens escritos por Eliane Brum, o livro foi vencedor do 49° Prêmio Jabuti, como o melhor livro de reportagem em 2007. Uma cronista à procura do extraordinário contido em cada vida anônima, uma escritora que mergulha no cotidiano para provar que não existem vidas comuns.
Um aleijado pedinte, um carregador de malas que quer voar, duas mulheres enclausuradas num asilo. Um álbum, uma vassoura que é um cavalo, o caixão branco, que pequeno, mostra a tristeza de uma vida interrompida muito cedo. São fragmentos de vidas que ninguém percebe, ou às vezes prefere ignorar. Em “A vida que ninguém vê”, com seu estilo característico, ela consegue trazer humanidade fazendo com que o leitor quase se coloque ao lado do personagem.
 
 
 
 
 

As melhores crônicas de Rubem Alves
Papirus, 2008
 
Esta obra reúne as melhores crônicas do autor. O livro é um conjunto afetivo, selecionado por Rubem Alves e pela editora considerando as manifestações dos leitores ao longo dos anos. A experiência poética não é ver coisas grandiosas que ninguém mais vê. É ver o absolutamente banal, que está bem diante do nariz, sob uma luz diferente. É o que faz o autor com sua maneira espirituosa de olhar para o cotidiano.
 
 
 
 
 
 
 
 
Feliz Por Nada, de Martha Medeiros
L&PM, 2011
 
A autora visa materializar as angústias e os anseios da sociedade, abordando temas diversos e cotidianos, incluindo questões consideradas universais, como o amor, a família, a amizade, a mulher, entre outros temas. É com a força transformadora de um abraço que Martha Medeiros abre este novo livro de 80 crônicas e é com a mesma singeleza e olhar arguto para o cotidiano que a escritora ilumina algumas das questões mais urgentes do século XXI. Feliz por nada, afirma Martha Medeiros, é fazer a opção por uma vida conscientemente vivida, mais leve, mas nem por isso menos visceral.
 
 
 
 
 
 

Para Viver um Grande Amor, de Vinícius de Moraes
Companhia das Letras, 2010
 
O título “Para viver um grande amor” parece exercer sobre nós um grande fascínio e Vinicius de Moraes não decepciona seu leitor. Para viver um grande amor estrutura-se de modo singular: alterna poesia e prosa. As crônicas guardam as marcas típicas do gênero, como a observação aguda do cotidiano e a linguagem despojada. Mas, além disso, conforme o próprio Vinicius, "há, para o leitor que se der ao trabalho de percorrê-las em sua integridade, uma unidade evidente que as enfeixa: a do grande amor".
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Dias Lindos, de Carlos Drummond de Andrade
Companhia das Letras, 2013
 
Compilado de textos publicados originalmente no Jornal do Brasil, no qual o escritor mineiro mantinha uma cadeira cativa na página de crônica. Dividido em seis grandes seções, “Os dias lindos” surpreende o leitor com sua mistura de observação da vida cotidiana com a melhor fabulação do grande autor mineiro. A vida da classe média carioca, a nossa relação com a linguagem, o crescente processo de urbanização das cidades brasileiras, tudo isso comparece com ironia e alguma poesia. Drummond constrói personagens cheios de graça e encanta quem o lê.
 
 
 
 
 
 

O Amor Esquece de Começar, Fabrício Carpinejar
Bertrand Brasil, 2006
 
O “Amor Esquece de Começar” é um alerta, um aviso, uma porta aberta. Fabrício Carpinejar está, pela primeira vez, revestido em prosa, em linguagem fluente, conversando quase em um sussurro generoso. Porque o que ele traz são notícias, impressões, e mais, a força impactante, reconfortadora e capaz de fazer nascer o ser que sempre fomos. Só que, desta vez, completos. O amor nos toma, mesmo antes de abrirmos a porta e percebermos sua entrada. Convém não deixá-lo ir embora, convém deixá-lo entrar.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Febeapá 1, 2 e 3, de Stanislaw Ponte Preta
Ediouro, 2006
 
Festival de besteira que assola o país. Lançado em plena vigência da ditadura militar de 1964, este livro do aclamado Stanislaw Ponte Preta, heterônimo de Sérgio Porto, é uma reação cômica, irreverente, à mediocridade política da época, que embora tenha sido lançado em 1966, adapta-se muito bem aos dias de hoje. O livro, que era editado em três volumes, agora está em um só.
 
 
 
 
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