Escritor de 15 livros, José Santos se especializou no publico infanto-juvenil após os nascimentos dos seus filhos, Jonas e Miguel, hoje com 18 anos e 12 anos respectivamente. Várias obras suas foram selecionados pelo PNBE (Programa Nacional Biblioteca na Escola, do Ministério da Educação). Em conversa com o NET Educação, Santos fala sobre sua entrada no ramo literário.

Desde 1993 atua no Museu da Pessoa, um museu virtual de histórias de vida, onde é diretor de projetos especiais. Atualmente é parceiro do NET Educação, no projeto colaborativo Uma Rima Puxa a Outra.

NET Educação – Como você entrou no mundo da poesia?
José Santos – Por volta dos 15 anos comecei a me ligar em literatura e a escrever poema, mas só virei escritor muitos anos depois, com 45 anos, e não parei mais.
É um mercado difícil entrar, há muita oferta para pouca procura – muito mais pessoas escrevendo e menos editoras para publicar –, mas depois que você entra fica bom. E o apoio de editoras para o mercado do infanto-juvenil é fundamental e maravilhoso, porque ajuda na questão de distribuição, além de colocar em programas do Governo.

NET Educação – Por que a escolha do publico infanto-juvenil?
Santos –
 Eu tive filhos, o que me trouxe a ligação com o universo infantil. Comprava muitos livros, lia bastante com eles e entrei de cabeça nesse mundo.

NET Educação – Como é envolver seus filhos em suas publicações e oficinas?
Santos –
 É muito bom. Junto com o mais velho, o Jonas de 18 anos, já publique2 livros pela FTD, no primeiro ele dia 12 anos e no segundo 14 anos. Ele também já fez muita oficina de rima comigo. Hoje ele continua escrevendo, mas com foco no público adulto. Miguel, o mais novo, está produzindo comigo um livro de rima ligado à vídeo game. E eles se envolveram por vontade própria, porque criança é assim, se quiser, nem jiló ela come, não adianta forçar.

O que ajudou bastante o gosto por esse mundo foi o incentivo à leitura e a programas culturais, como Bienal, Oficinas, entre outros.

NET Educação – Que dica vocês dá para os jovens que querem começar suas poesias?
Santos –
 Primeiro, não pode ter vergonha de publicar, todo mundo tem coragem de escrever, mas amarelam na hora de publicar. Hoje temos a internet, as redes sociais, que facilitam a exposição do trabalho. E isso ajuda a medir se estamos no caminho certo; Segundo: ler muito, conhecer escritores, para não ter perigo de imitar obras já criadas sem saber. Além também de ler nossos autores clássicos, Ziraldo, Rute Rocha, Ana Maria Machado, entre muitos outros, para servir de inspiração; e, por último, ser perseverante, acreditar no que faz e seguir, porque demora mesmo. Uma hora acontece!

Conheça aqui Turma da Mônica – Uma Viagem a Portugal, nova publicação de José Santos, em parceira com o Maurício de Sousa.

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