Como o próprio nome sugere, os direitos humanos são os direitos fundamentais de todas as pessoas que habitam o planeta. São direitos que se apoiam sobre os princípios de liberdade, de igualdade e respeito ao outro. A introdução desses conceitos, ainda na infância, é fundamental para a formação de sujeitos que respeitam o próximo e se façam respeitar, capazes de construir uma sociedade mais igualitária e pacífica.
Conheça, a seguir, dez obras destinadas a crianças e jovens que abordam os direitos humanos.
Ser humano é… Declaração Universal dos Direitos Humanos pata crianças
Fabio Sgroi, Editora Mundo Mirim, 2009
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento promulgado pela ONU, Organização das Nações Unidas, em 1948, e reconhecido por 192 países, é apresentada às crianças e jovens por meio de uma linguagem acessível. O autor reforça que todos nós gostamos e merecemos ser respeitados, o que é fundamental para uma convivência harmoniosa em sociedade. Conceitos como ética, cidadania e pluralidade cultural também são abordados de forma indireta.
ABC dos Direitos Humanos
Dulce Seabra, Sérgio Maciel e Albert Llinares (ilustração), Editora Cortez, 2013
O livro descreve um item da Declaração Universal dos Direitos Humanos para cada letra do alfabeto. Os textos são curtos, atraentes e possibilitam uma leitura não linear. O objetivo é reforçar os princípios de respeito e civilidade logo nos primeiros anos da infância.
É tudo família!
Alexandra Maxeiner e Anke Kuhl , L&PM Editores, 2013
A sociedade é plural e as famílias são um bom exemplo disso. Em forma de quadrinhos, o livro apresenta diversas possibilidades familiares: com filhos únicos ou numerosos, com pais separados ou juntos, com padrastos ou madrastas (geralmente diferentes dos estereótipos cinematográficos), com pais homossexuais ou viúvos. Todos os formatos de família, contudo, merecem ser repeitados.
Mandela: o africano de todas as cores
Alain Serres e Zaü , Pequena Zahar, 2013
O livro conta a história de Rolihlahla, mais conhecido como Nelson Mandela. Em ordem cronológica, são contemplados momentos importantes da sua história, como a infância na aldeia – onde gostava de brincar com os cabelos brancos do pai e pastorear carneiros – até o período de quase três décadas em que permaneceu preso por lutar pela democracia e igualdade racial.
Um outro país para Azzi
Sarah Garland, Pulo do Gato, 2012
Uma família do Oriente Médio precisa fugir de seu país quando a guerra começa a afetar o seu dia a dia. A narrativa é contada pelo olhar da menina Azzi. As dificuldades durante a imigração – como a fome, o frio e a saudade daqueles que ficaram – não abala a coragem e a esperança da garota. A história foi inspirada em uma pesquisa da autora Sarah Garland com refugiados da Birmânia e do Butão.
O que é liberdade?
Renata Bueno, Companhia das Letrinhas, 2015
Muitas crianças e adultos se lembram do passarinho quando pensam em liberdade. Mas será que esse animal se sente, realmente, livre? E o que seria essa tal de liberdade? A partir de diálogos poéticos de um passarinho com personagens como um mágico, um camaleão e um lápis, o conceito plural de liberdade vai sendo definido.
Os invisíveis
Tino e Renato Moriconi (ilustração), Editora Casa da Palavra, 2013
Um menino comum passa a apresentar um poder bastante especial: o de enxergar pessoas que os seus familiares não conseguem ver. Moradores de rua, gari e outras identidades invisíveis ganham destaque na narrativa, que discute exclusão e invisibilidade social.
Malala – a menina que queria ir para a escola
Adriana Carranca e Bruna Assis Brasil (ilustradora)
Escrito no formato de livro-reportagem para crianças e adolescentes, a obra relata a história da garota paquistanesa Malala Yousafzai, baleada por membros do Talibã aos catorze anos ao defender o direito das meninas à educação formal. A jornalista Adriana Carranca traz aos pequenos suas percepções sobre o vale do Swat, a história da região e outras informações para entender a trajetória desta adolescente tão corajosa.
A história de Júlia – e sua sombra de menino
Anne Galland e Christian Bruel, Editora Scipione, 2010
Júlia é constantemente recriminada por seus pais, que a comparam a um menino pelo seu jeito de se vestir e por seus hábitos cotidianos. Certa manhã, Júlia nota que a sua sombra adquiriu o formato de um garoto, que repete os movimentos que ela faz. Triste, a menina passa a questionar a sua própria identidade.
Flictz
Ziraldo, Melhoramentos, 1969
O livro relata um planeta que é composto por diversas cores, mas nenhuma delas é Flicts – uma cor rara e frágil que buscava um amigo. Até que um dia, a cor Flicts finalmente conseguiu se encontrar. Clássico da literatura infantil, Flicts ainda hoje é uma boa pedida para introduzir conceitos básicos de direitos humanos e pluralidade social às crianças. Tudo isso de forma lúdica e sensível.
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