A discalculia é uma dificuldade de aprendizagem relacionada à educação matemática, com características que podem variar de acordo com a faixa etária de cada estudante. Os sintomas costumam ficar perceptíveis nos primeiros anos do ensino fundamental, momento em que as crianças começam a desenvolver habilidades relacionadas aos números e operações básicas.
Para ajudar o professor de diferentes etapas da educação básica a identificar o transtorno e pensar em possíveis formas de intervenção, separamos sete links, nos quais educadores, psicopedagogos e estudantes afetados compartilham experiências e orientações.
Cartilha – Discalculia e outras dificuldades de aprendizagem: Um olhar para o ensino de números naturais e das operações fundamentais da matemática (2019)
Mestre no ensino de Ciências e Matemática, Marlon Trevisan desenvolveu um material gratuito para professores da educação básica. Em entrevista, ele contou que o objetivo da cartilha é ajudar os docentes a identificarem e atenderem com qualidade os estudantes afetados pelo transtorno. “A importância se dá pelo significativo número de alunos com diagnósticos de discalculia e o desconhecimento de alguns professores para mediar essa compreensão dos conceitos matemáticos”.
Vídeo – “Vamos conversar sobre discalculia?” (2021)
Três palestrantes se reúnem para tratar das dificuldades e adaptações pelas quais os estudantes com discalculia passam ao longo de suas vidas. A mesa contou com o docente do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) Filipe Augusto Oliveira, a psicóloga Marília Freitas e a aluna do IFRS, Luana Klein.
Monografia – Discalculia: Particularidades que dificultam o aprendizado de matemática no ensino fundamental (2017)
Pedagoga pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Samantha Oliveira sugere em suas pesquisas o uso de jogos educativos para os momentos de intervenção. Opções como matix, palitos, soma quinze e tangram ajudam a desenvolver a linguagem matemática de forma prazerosa.
Vídeo – Palestra “Discalculia: identificando e cuidando” (2016)
Em bate-papo no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), o professor João Luiz Muzinatti apresenta um panorama sobre os problemas e distúrbios que atingem a educação matemática e a influência do professor na aprendizagem. Completam a mesa diretora da escola de educação da FMU, Simone Espinosa e a coordenadora do curso de pedagogia, Maria Ivani Toledo.
Monografia – Discalculia: uma abordagem à luz da educação matemática (2008)
Wiliam Cardoso da Silva explica os tipos, causas e formas de identificar a discalculia, assim como sugere práticas de intervenção em diversas faixa etárias. Jogos como “Trimu”, “Avançando com o Sinal” e “Uma Questão de Portas” estão entre as suas indicações.
Vídeo – Discalculia: Aspectos cognitivos e neurodesenvolvimentais (2020)
O canal de Youtube do Núcleo de Investigação em Neuropsicologia, Afetividade, Aprendizagem e Primeira Infância (NINAPI), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), apresenta uma live com a especialista em discalculia e doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Silvia Feldberg. Ela esclarece as diferenças entre dificuldades matemáticas pontuais e crônicas, assim como formas de identificá-las.
Vídeo – Você sabe o que significa discalculia? (2016)
O canal de Youtube NeuroSaber trouxe uma live com o neurocientista Clay Brites sobre o tema. “Para se ter noção matemática da minha vida e mundo, meu cérebro precisa de áreas integradas. Isso proporciona habilidades adequadas, como espacial, consciência numérica – ou seja, ter de forma inata a capacidade de entender o que é o número e sua representação no mundo, como posso usar de forma simbólica. O número é usado de forma interrelacionada em operações matemáticas, proporções, algoritmos e relações de tempo e espaço”, aponta.
Veja mais:
5 planos de aula para ensinar operações básicas da matemática
Site capacita professores a trabalharem com alunos disléxicos
6 links para entender a dislexia e pensar em intervenções pedagógicas
Quais sinais podem identificar um aluno disléxico? Casos requerem atenção