A perda de um ente querido na infância, em particular no seio da própria família, como pai, mãe, irmãos ou avós, é uma tragédia que pode comprometer de forma duradoura o equilíbrio psicológico e o desenvolvimento posterior de quem a sofre.
Em caso de morte, muitos parentes ou pessoas próximas não sabem se devem contar ou como informar a perda de alguém querido para uma criança. Alguns ainda preferem manter os pequenos longe de qualquer informação relacionada à morte, o que contribui para criar mitos e preconceitos acerca da questão, que complicam a compreensão das crianças enlutadas.
Sem tabu
No entanto, a morte não deve ser encarada como um tabu e falar sobre essa questão é essencial. No vídeo, a psicóloga Maira Mello, que atua há mais de 10 anos com famílias e crianças, explica o luto infantil e como as crianças vão manifestá-lo em diferentes idades. Ela aborda também como os adultos podem ajudar a criança a enfrentar esse processo. “A primeira coisa para a gente conversar com a criança é a verdade. Porque isso ajuda no processo de aceitação”, acredita a especialista. “Quando não damos oportunidades para conversar isso com a criança, ela tem menos recurso para lidar. Se não compartilhamos, ela pega informações fragmentadas e isso gera mais fantasia e mais ansiedade”, explica.
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