Conteúdos
Este plano de aula introdutório à alfabetização midiática e informacional (AMI) busca apoiar o desenvolvimento das habilidades iniciais para identificar diferentes tipos de mídia e refletir criticamente sobre as informações que acessamos na internet.
Objetivos
- Reconhecer os diferentes tipos de mídia;
- Refletir sobre o uso adequado das mídias, bem como das informações advindas delas; e
- Desenvolver pensamento crítico sobre informações recebidas.
Conteúdos/Objetos do conhecimento:
- O que é mídia? O que é informação?; e
- Detetives da informação.
Palavras-chave:
Educação midiática e informacional. Mídia. Informação.
Previsão para aplicação:
3 aulas (50 min).
1ª Etapa: O que é mídia? O que é informação?
Comece a aula perguntando aos alunos se eles sabem o que é mídia e anote na lousa todas as contribuições que eles trouxerem.
Após essa discussão inicial, projete (ou mostre em cartazes impressos) imagens de veículos de mídia variados (jornal, televisão, computador, outdoor, livro, tablet, rádio, celular etc.) e peça para que, diante dessas imagens, a turma complemente o que entende por “mídia”.
Em seguida, organize os alunos em grupos menores e sorteie um veículo de mídia para cada grupo. A tarefa de cada um dos grupos será pesquisar informações sobre o tipo de mídia que lhe foi designado, preparando um momento expositivo (com slides ou cartazes) para compartilhar com o restante da turma as suas descobertas, sendo necessário que respondam, em sua apresentação, às seguintes questões:
- Como esse veículo de mídia surgiu?
- Que transformações ocorreram nesse veículo de mídia e nos seus usos ao longo do tempo (de seu surgimento até os dias atuais)?
- Vocês já utilizaram esse veículo de mídia? Em caso positivo, com qual finalidade?
- Vocês sabem para que finalidade outras pessoas fazem uso desse veículo de mídia? Entrevistem ao menos dois familiares de cada integrante do grupo para obter essa informação.
Depois que todos os grupos fizerem a sua apresentação, promova uma roda de conversa, inicialmente incentivando a turma a discutir o que os veículos de mídia estudados têm em comum. Aqui, o objetivo é que os alunos cheguem à conclusão de que (entre outros possíveis pontos) a disseminação de informações é um aspecto relevante, no que diz respeito aos seus usos mais comuns.
A partir daí, discutam:
- O que é informação?
- Todas as informações disponíveis nos veículos de mídia são verdadeiras/confiáveis?
- De que forma é possível diferenciar informações verdadeiras de informações falsas?
Depois que todos os grupos fizerem a sua apresentação, promova uma roda de conversa, inicialmente incentivando a turma a discutir o que os veículos de mídia estudados têm em comum. Aqui, o objetivo é que os alunos cheguem à conclusão de que (entre outros possíveis pontos) a disseminação de informações é um aspecto relevante, no que diz respeito aos seus usos mais comuns.
Finalize esta etapa construindo com os alunos uma conclusão acerca da discussão, a qual deve percorrer os seguintes pontos:
- Informação é tudo aquilo que a gente vê, ouve ou lê para aprender alguma coisa ou saber de algo. Pode vir de uma pessoa, de um livro, de um vídeo, de uma notícia ou da internet. Mas nem toda informação é verdadeira! Às vezes, as pessoas se enganam ou inventam coisas.
- Informação verdadeira é quando aquilo que está sendo contado realmente aconteceu ou pode ser comprovado.
- Informação falsa é quando algo é inventado, exagerado ou contado de um jeito que engana quem ouve.
Conclusão: Em razão dos pontos listados acima, é importante pensar, perguntar e investigar antes de acreditar em tudo o que a gente vê ou escuta.
2ª Etapa: Detetives da informação
Com o objetivo de consolidar o aprendizado dos conceitos trabalhados na primeira etapa deste plano de aula, nesta etapa você deverá trabalhar em uma proposta coletiva, seguindo os passos abaixo:
- Diga à turma que eles terão a função de “detetives da informação” e, como qualquer detetive, não devem acreditar em nada sem antes investigar!;
- Explique aos alunos que você contará algumas histórias, sendo algumas reais e outras inventadas;
- Eles precisarão usar suas habilidades de detetive para investigar e dizer o que acham, a respeito de cada uma das histórias;
- Conte algumas informações curtas, misturando:
- Fatos verdadeiros (por exemplo: “As árvores ajudam a produzir o oxigênio que respiramos.”)
- Fatos inventados (por exemplo: “Se você comer muito sorvete, vai começar a voar.”)
- Após cada história, pergunte:
- “O que te faz pensar que isso é verdade/invenção?”
- “Como poderíamos confirmar se é verdade?”
- No caso de a informação ser falsa, “o que isso poderia causar às pessoas que acreditassem nela?”
Dica: Incentive o pensamento crítico sem dar respostas automáticas; deixe que os próprios alunos argumentem
- Distribua cada uma das histórias para um pequeno grupo de alunos (podem ser duplas ou trios, por exemplo) e dê a eles a missão de investigar a sua veracidade;
- Posteriormente, ouçam cada um dos grupos fazer a exposição da trajetória e do resultado de sua investigação e discutam coletivamente, não deixando de tratar das possíveis consequências de alguém acreditar em uma notícia falsa. Caso necessário, faça intervenções, pontuando questões relevantes para a adequada checagem de fatos, utilizando as informações contidas nos materiais abaixo:
Bom trabalho!
Plano de aula elaborado pela Professora Daniela Leite Nunes.
Coordenação Pedagógica: Prof.ª Dr.ª Aline Bitencourt Monge.
Crédito da imagem: Crédito: FG Trade – Getty Images