O público que acessa o portal do Instituto Claro parece já estar com a “mão na massa” quando o assunto é empreendedorismo na educação. Ao menos é o que indica o resultado a enquete “Você se considera um educador empreendedor?”, que ficou no ar em fevereiro.
A maioria dos participantes optou pela resposta que reflete comprometimento com o assunto: 65% afirmaram “fazer de tudo para transformar a realidade da escola ou comunidade da qual faz parte”. Do restante que preferiu não se declarar um empreendedor além dos muros da instituição de ensino, 26% ainda assinalaram a resposta “sim, estou sempre à frente dos projetos da minha escola”.
Segundo a educadora empreendedora Dulcinéia Ribeiro (linkar aqui a reportagem), a sua vivência nos ambientes de ensino a faz crer que estes números podem não traduzir fielmente a realidade, mas revelam algo muito importante: “Mesmo que, na prática, os empreendedores ainda não sejam a maior parcela nos quadros das escolas, vemos que existe a consciência por parte deles de que este é o caminho, pois se escolheram esta resposta significa que estão dispostos a fazer a diferença”.
Lado B
Apesar das inúmeras iniciativas Brasil afora atestando que empreender pode ser transformador para comunidades educativas e contribuir com o desenvolvimento da criatividade, do espírito de liderança e com a autonomia de jovens e educadores, há quem esteja longe desse “movimento”, seja por falta de motivação ou tempo.
Dos que responderam à enquete, 8% compõem este grupo. Metade deles assinalou que “não acredita que empreendedorismo seja uma característica do perfil do educador”. Os outros 4% afirmaram que “gostariam de ser, mas empreender dá muito trabalho e lhes falta tempo”. O professor Giovanni Ramos, que abraçou o empreendedorismo, pontua que nem sempre é fácil inovar na aprendizagem, o que de fato demanda tempo e suor, mas afirma que o resultado vale todo o esforço e o trabalho duro. “A gente vê que consegue formar estudantes mais preparados tanto profissionalmente como cidadãos”, incentiva.