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“O xadrez deixou de ser um joguinho de tabuleiro da escola para
se transformar em um momento de vivência, de interação.”
(Sarah Duarte Matos, professora de Educação Física)

A professora Sarah idealizou projeto para levar o xadrez para todos dentro e fora da escola (crédito: Priscila Raposo)

A professora de Educação Física Sarah Duarte Matos é a idealizadora do projeto “Xadrez ao alcance de todos”. Com o objetivo de mudar a ideia de que o jogo de tabuleiro em questão é elitizado, a educadora trabalhou conteúdos teóricos e práticos com alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio utilizando, como recurso, o xadrez.

O primeiro passo foi apresentar um histórico dessa modalidade e destacar para os alunos o desenvolvimento cognitivo que teriam. Segundo a professora, o xadrez permite que estudantes mais inquietos, com dificuldades de atenção  e que não sintam aptidão para os esportes de quadra tenham acesso a um jogo que permite a participação de todos, além de estimular a concentração e a tomada de decisões.

O projeto foi implantado na Escola Estadual Josefina Pimenta, de São João Evangelista (MG). Para desenvolver a paixão pelo xadrez, Sarah teve o apoio da diretoria e organizou a montagem de uma sala onde o acesso às peças e tabuleiros é estimulado durante todo o período em que a escola está aberta, inclusive nos intervalos. De acordo com ela, um dos resultados é a transformação na autoestima da turma. “Aquele aluno que nunca foi visto em esportes coletivos se sente importante porque o xadrez ele consegue realizar”, afirma.

O projeto ocupa o território onde a escola está inserida e chega à praça da pequena cidade mineira, onde que são montadas várias mesas com tabuleiros. Em eventos promovidos pela escola pessoas da comunidade são convidadas a aprender xadrez, com o auxílio dos alunos. Segundo a professora, os alunos estipularam como regras o respeito ao colega, o espirito esportivo e o fair-play (jogo limpo). “A gente fez uma tarde de competição. A praça ficou lotada e os alunos orientaram sobre como as pessoas deveriam assistir ao jogo de xadrez. O mais incrível foi ver aquele silêncio, aquela concentração”, ressalta Sarah.

A professora de Educação Física, que sempre estudou em escola pública e não teve acesso ao xadrez durante sua formação, revela que pretende continuar a fazer com que os benefícios do aprendizado desse jogo estejam ao alcance de todos.

Links

Leia o relato de Sarah na seção “Para Inspirar”.

Créditos:

As músicas utilizadas na edição do áudio, por ordem de entrada são “Jogo de xadrez” (Paulinho Nogueira), “Rua de passagem” (Lenine e Arnaldo Antunes), com Ney Matogrosso e “Estudar pra quê?” (John Ulhôa), com Pato Fu.

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