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“As crianças gostam tanto de Minecraft, então 

vamos usar esse jogo para ensinar geografia,
ensinar física, ensinar matemática.”
(Sérgio Miranda, autor do livro Minecraft de A a Z)
 
Sérgio Miranda é jornalista e trabalha na área de tecnologia
desde os anos 1990 (Crédito: divulgação)
 
Minecraft é o nome do jogo eletrônico, criado em 2009, que tem hoje mais de trinta milhões de fãs em todo o mundo.  Uma ideia simples, blocos com os quais se pode construir tudo o que a criatividade imaginar é a chave do sucesso desse jogo, adquirido pela Microsoft em 2014. Também, é o game independente mais vendido no mundo e já figura no Guinnes Book com impressionantes recordes. O game deu origem também a uma série de “celebridades” no YouTube: as pessoas que criam vídeos com dicas e orientações para jogar Minecraft melhor.
 
Veja também:
 
Não demorou  para os educadores reconhecerem o jogo como uma excelente ferramenta para ensinar e aprender.  O game estimula a imaginação e traz diversos desafios. Além de criar um “mundo” com os blocos, é possível construir ferramentas e personagens para habitá-los, lutar pela sobrevivência enfrentando monstros, dentre outras possibilidades.  
 
Nessa edição, ouvimos o jornalista e autor do livro “Minecraft de A a Z, guia não oficial”, Sérgio Miranda e o professor de Tecnologia Educacional e de Gamificação Francisco Tupy, que recebeu o prêmio Educator Exchange e um grande usuário de Minecraft em suas aulas.  Ouvimos também Lucca Correa de Brito, aluno do 5º ano do ensino fundamental, um fã do jogo.
 
Miranda atribui ao fato do jogo possuir um sistema aberto o seu grande trunfo. “Você não tem uma história fechada, um universo fechado, ele é um universo expansível. Isso acaba estimulando a criança a não ficar presa a um roteiro, a um ritual”, pontua. Esse ponto de vista é compartilhado pelo jovem Lucca, 10 anos, que vê no Minecraft um simulado do que é nossa própria existência: “a gente tem de saber viver com o que a vida nos proporciona”.  
 
O autor do guia Minecraft de A a Z sugere diferentes possibilidades do uso do game na escola. Traz um exemplo no contexto de um deserto: “Vou plantar algo aqui, não vai crescer. Por quê? Porque não tem água. Como é que eu vou encontrar água? No subsolo, talvez. Então, vamos cavar, vamos procurar.” É uma simulação da vida real e não “uma receitinha de como fazer”.
 
O professor Francisco Tupy, entusiasta e premiado por projetos que incentivam o uso da tecnologia em sala de aula, defende que não há limite quando o assunto é estimular as crianças para aprenderem de maneira lúdica. Ele chama a atenção para o movimento maker e para a importância de ensinar programação para os alunos, desde cedo.
 
Diante dos novos desafios vividos no ambiente escolar, Miranda conclui que a melhor maneira de ensinar conteúdo é fazer com que os alunos “sejam” esse conteúdo, “que façam esse conteúdo, participem desse conteúdo”.
 
LINKS
– A Microsoft mantém um site do Minecraft especificamente voltado à educação
– Saiba mais sobre o Minecraft aqui
– O portal Estadão apresenta algumas possibilidades do uso do Minecraft como ferramenta de estudo
– Saiba mais sobre o Guia Minecraft de A a Z, de Sérgio Miranda, neste vídeo
– Acompanhe, participe e tire dúvidas na página do Facebook Minecraft Skool, criada pelo Prof. Tupy
 
Créditos: no áudio, as músicas utilizadas são da trilha sonora do game Minecraft, composta por Daniel Rosenfeld, mais conhecido como C418. 
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