Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que em 2030 o número absoluto e o porcentual de brasileiros com 60 anos ou mais vão ultrapassar o de crianças de 0 a 14 anos. Até lá, a quantidade de idosos chegará a 41,5 milhões, ou seja, 18% da população, e a de crianças será 39,2 milhões, isto é, 17,6%.

Os dados podem motivar a criação de políticas públicas voltadas a esse segmento da população. Nesse sentido, o Artigo 22 do Estatuto do Idoso, lei nº 10.471 de 1º de outubro de 2003, estabelece que devem ser inseridos na escola conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso. O objetivo é que tais medidas auxiliem na diminuição do preconceito e na produção de conhecimentos sobre o tema. “Se por um lado as pessoas estão vivendo mais, é inevitável perguntar com que qualidade. É importante pensar nas novas gerações. Como será o envelhecimento das crianças de hoje?”, indaga o psicólogo e gerontólogo José Carlos Ferrigno, entrevistado neste podcast.

No entanto, de acordo com ele, essas ações tidas como necessárias para uma melhor convivência entre gerações não estão sendo trabalhadas oficialmente nas escolas. “O ideal é que tivéssemos atividades desde a pré-escola até os cursos superiores”, defende.

Autor de livros sobre o tema e educador, no áudio, Ferrigno elenca conteúdos, métodos e experiências pesquisados no Brasil e no exterior sobre a educação para o envelhecimento. “Essa metodologia pode ser bem variada, como envolver entrevistas com pessoas idosas sobre como elas se sentem, como pensam o mundo, além de aulas expositivas, rodas de conversa e filmes”, complementa.

Créditos:
As músicas utilizadas na edição do podcast, por ordem de entrada, são: “Sementes do amanhã” (Gonzaguinha), interpretada por Erasmo Carlos, “Depende de nós” (Ivan Lins/Vitor Martins), “Oração ao tempo” (Caetano Veloso), “Sol de primavera” (Beto Guedes/Ronaldo Bastos)

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