O ilustrador Alexandre Beck já assinava tirinhas no Diário Catarinense, em 2009, quando foi desafiado a criar uma ilustração para matéria sobre economia doméstica, que sairia no dia seguinte. Para dar conta da urgência, montou três charges rápidas de um trabalho que era inédito. “Eu fiz um par de pernas para o pai, um par de pernas para a mãe. Funcionou, o pessoal do jornal gostou, foi rápido pra fazer”. Na época, a filha do cartunista tinha sete anos e Beck se colocou no lugar dela para tentar entender o ponto de vista de uma criança.
A relação entre pais e filho pensada para a matéria deu origem às tiras do Armandinho. Os temas evoluíram para discussões que envolvem educação, cidadania, política, religião e feminismo. Uma celebridade nas redes sociais, Armandinho discute assuntos importantes. “Os menores ensinam muito pra gente. Eu ter que me colocar no lugar de uma criança para ver o mundo me faz ver as coisas de uma forma diferente”, explica.

No áudio, Alexandre Beck fala sobre a presença constante de seu personagem em materiais didáticos – fato que o aproximou de crianças e jovens -, sobre o contato com alunos e professores em bate-papos em escolas e também a respeito dos livros que já publicou tendo Armandinho e sua turma como protagonistas. Ainda neste podcast, o Instituto Claro ouviu a professora de língua portuguesa Herlen Cristina e convidou a professora Lilian Corrêa de Brito e os filhos dela, Lucca e Nuno, para dramatizarem algumas tiras do Armandinho.