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 “Mais da metade da minha vida
foi vivida em situação de guerra.” 
(Mia Couto em entrevista ao programa
 Roda Vida, em 2012)


Primeiro romance do escritor moçambicano António Emílio Leite Couto, conhecido como Mia Couto, “Terra Sonâmbula” foi lançado em 1992. Logo foi premiado e reconhecido como um dos grandes romances do século 20. Para este ano, foi incluído na lista dos livros obrigatórios do vestibular da Unicamp, com o intuito de valorizar autores africanos.

Veja também:
– Plano de aula de Terra Sonâmbula
– Livro angolano ‘Mayombe’ é novidade na lista da Fuvest

Mia Couto nasceu em 1955, em Beira, Moçambique, e é autor de mais de trinta livros, entre prosa e poesia. Recebeu o Prêmio Camões, o mais prestigioso da língua portuguesa, em 2013, e o Neustadt Prize pelo conjunto da obra, promovido pela Universidade de Oklahoma, em 2014.

“Terra Sonâmbula” foi escrito em prosa poética. Nela o autor utiliza recursos do realismo mágico e da narrativa africana oral, e tem como cenário as duas guerras que devastaram Moçambique: a anticolonial, entre 1965 e 1975, contra Portugal, que culminou na independência do país, sucedida pela guerra civil que durou até 1992.

No romance, duas histórias se cruzam. A do velho Tuahir com o menino Muidinga, que fogem da guerra civil e se escondem num ônibus abandonado, e a história narrada nos "cadernos de Kindzu", encontrados nesse ônibus. Para o menino, as histórias fantásticas são o alento e a certeza de que conseguirão sair do pesadelo da guerra em que se encontram.  

Nessa edição do Livro Aberto, ouvimos trechos da entrevista de Mia Couto ao programa Roda Viva, da TV Cultura, e a sinopse de “Terra Sonâmbula” de Isabella Lubrano, criadora do site e do canal do YouTube “Ler Antes de Morrer”. Para a jornalista, “o livro é um dos melhores escritos recentemente em língua portuguesa”.

Links:
– Acompanhe um plano de aula sobe o livro
Leia um trecho do livro
– Veja a entrevista de Mia Couto no Roda Viva, da TV Cultura
Acompanhe outras resenhas de Isabella Lubrano

Créditos
: para o áudio foi usado um trecho da entrevista de Mia Couto ao programa Roda Viva, da TV Cultura, e da adaptação de “Terra Sonâmbula”, de 2007, assinada pela moçambicana Teresa Prata para o cinema. Também há trechos da música “Simples”, escrita e interpretada por Isabella Bretz.

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