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  “O homem, sem se importar com o sangue, 
pusera no ombro o animal sumariamente envolvido no couro 
e marchava para a casa cujo telhado vermelhava, lá além.”
(Trecho de O Quinze)
Na década de 1930, diversos livros são lançados trazendo a seca no Nordeste brasileiro como tema. Dentre eles, destacam-se “A bagaceira”, de José Américo de Almeida, “Menino do Engenho”, de José Lins do Rêgo, “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos e “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, destaque desse Livro Aberto. Para analisar a obra, convidamos Mirhiane Mendes de Abreu, doutora em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e professora de Literatura Brasileira da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Em “O Quinze”, Rachel de Queiroz aborda os horrores da terrível seca de 1915, que viu com seus olhos de menina, quando ainda morava em Fortaleza (CE). O romance foi publicado em fins dos anos 1930 e alcançou uma inesperada repercussão no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP). De cunho social, o livro traz uma visão profundamente realista na sua dramática descrição da luta contra a miséria e a seca.
A obra pode servir também para a reflexão sobre os dias atuais, em que não apenas o nordeste brasileiro, mas as grandes cidades como São Paulo, têm convivido com a escassez de chuva e a consequente falta de água.
No áudio, a professora Mirhiane aborda a importância da obra e da autora, faz uma análise detalhada do livro e apresenta características de seus personagens principais.
 Mirhiane Mendes de Abreu analisa
“O Quinze” (Crédito: Eduardo Vieira Martins)
LINKS:
– Acesse a página dedicada à Rachel de Queiroz na Academia Brasileira de Letras
– Veja notícias da seca no Nordeste neste início do século XXI
– Leia matéria sobre a distinção entre ricos e pobres, na distribuição de água no Ceará
Créditos: as músicas utilizadas nesta edição, em ordem de entrada, são: “Glória” (Janduhy Finizola), por Quinteto Violado, “Exílio” (Barros-Fideles-Gomide), por Caixa Cubo & Celio Barros (ao fundo da leitura de trecho do livro), “Seca do Nordeste” (Waldir de Oliveira & Gilberto Andrade), com Fagner, “Pau de Arara” (Luiz Gonzaga e Guio de Moraes), por Quinteto Violado, “Vozes da Seca” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), com Dominguinhos e Elba Ramalho, “Lamento Urbano”, composta e interpretada por Reynaldo Bessa.

 

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