Publicado em
17 de março de 2015
“Se uma criança não for livre da falta de escola,
ninguém será livre da falta de escola.”
(Mario Sergio Cortella)
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Cortella fala para auditório lotado no lançamento do livro
“Educação, convivência e ética” (Crédito: divulgação)
O filósofo e doutor em Educação, Mario Sergio Cortella, realizou, no início de março, a palestra “Ética e convivência: ainda dá tempo!”, no auditório do TUCA, na PUC-SP, zona oeste de São Paulo (SP). No evento, ele apresentou algumas das ideias que integram o seu novo livro.
Na introdução da obra, Cortella afirma que “faz parte da competência docente a capacidade de não só fazer bem aquilo que se faz, mas fazer o bem com aquilo que se faz”. Em entrevista ao portal NET Educação, ele explica: “fazer o bem é fazer com que aquilo que a gente faz eleve as pessoas para uma vida que não seja exclusivista, egoísta, autocentrada. É preciso reconhecer o perigo da frase ‘cada um por si, Deus por todos’ e introduzir outra: ‘todos por um e um por todos’. Esta que sem dúvida, pode nos conduzir ao futuro. Fazer o bem é orientá-lo para o benefício de uma comunidade em que estamos inseridos”, ressaltou.
Veja também:
No áudio, você confere trechos da palestra em que Cortella explica que a ética é transmitida por meio dos exemplos que damos. Ele chama atenção para o papel do educador em sala de aula, que tem ali uma tarefa fundamental, como o responsável pelo processo de educar. Defende que educador e seus alunos são iguais na dignidade, mas não na responsabilidade. O educador tem um papel diverso e decisivo.
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Outros trechos com Cortella estarão no NET Educação
na TV, a partir de 27/03 (Crédito: Lívia Cappellari)
Cortella também comenta que há famílias que colocam no mesmo patamar pais e filhos, aceitando tudo o que estes fazem. Afinal consideram que “o amor aceita tudo”. Porém, para ele, o amor é aquele que impõe condições que garantam uma formação ética. O filósofo defende que a ética na escola pode ajudar a formar valores para que se entenda aquilo que é digno de ser, de se fazer e de se pensar. Ele cita o educador Paulo Freire para concluir: “não é só a escola que faz isto, mas sem a escola, isto não será feito”.
Links:
– Em pauta: as origens de Paulo Freire, um aluno da vida
– Cortella filosofa diariamente pela CBN. Aqui você acessa os áudios da Escola da Vida
Créditos: as músicas utilizadas na matéria, por ordem de entrada, são: “O Sal da Terra” (Beto Guedes-Ronaldo Bastos), e “Ávida” (Estrela Ruiz Leminski).
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