“A minha grande janela para o mundo sempre foi o rádio.
O fato de meu pai consertar rádios e tevês e a minha deficiência
visual fizeram de mim um apaixonado pelo rádio.”
Marco Aurélio Carvalho, ao NET Educação
Tanto nas emissoras em que trabalha como nas ONGs que participa,
Marco transmite a força do rádio (Crédito: Marcos Leite)
Profissional de rádio há mais de três décadas, professor de comunicação há 25 anos, Marco Aurélio Carvalho tem no currículo passagens por grandes emissoras de rádio, como a Tupi do Rio de Janeiro e o Sistema Globo de Rádio. Fez de tudo um pouco, de repórter de campo a gerente. Atualmente, é âncora da Rádio MEC e de emissoras públicas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). É também professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e diretor voluntário da União e Inclusão em Redes e Rádio (Unirr).
A paixão pelo rádio tem origem em dois fatos que marcaram o profissional desde a infância. O pai consertava rádio e tevê e ele tinha de testar os aparelhos. Desta forma, dedicou-se à audição de emissoras do mundo todo, pelo sistema de ondas curtas. O rádio foi um aliado também dos estudos, pois Marco Aurélio nasceu com baixa visão e a leitura era muito cansativa. Daí passou a ouvir notícias pelo meio de comunicação, o que o fez se destacar na turma em provas de português e história, por exemplo.
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Emocionado, Aurélio lembra da saudosa professora Marli Machado: “eu não sei quantas crianças encontram numa escola de subúrbio do Rio de Janeiro, São Paulo ou de um grande centro urbano, desde a 1ª série, uma professora que diz ‘esse menino tem uma deficiência visual sim, mas ele tem capacidade, então eu vou fazer o seguinte, todo dia quando eu for pra casa, eu vou ampliar as letrinhas do texto pra ele poder ler’”.