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 “A minha grande janela para o mundo sempre foi o rádio.
O fato de meu pai consertar rádios e tevês e a minha deficiência
visual fizeram de mim um apaixonado pelo rádio.”

Marco Aurélio Carvalho, ao NET Educação

 

Tanto nas emissoras em que trabalha como nas ONGs que participa, 
Marco transmite a força do rádio (Crédito: Marcos Leite)

 

Profissional de rádio há mais de três décadas, professor de comunicação há 25 anos, Marco Aurélio Carvalho tem no currículo passagens por grandes emissoras de rádio, como a Tupi do Rio de Janeiro e o Sistema Globo de Rádio. Fez de tudo um pouco, de repórter de campo a gerente. Atualmente, é âncora da Rádio MEC e de emissoras públicas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). É também professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e diretor voluntário da União e Inclusão em Redes e Rádio (Unirr).

 

A paixão pelo rádio tem origem em dois fatos que marcaram o profissional desde a infância. O pai consertava rádio e tevê e ele tinha de testar os aparelhos. Desta forma, dedicou-se à audição de emissoras do mundo todo, pelo sistema de ondas curtas. O rádio foi um aliado também dos estudos, pois Marco Aurélio nasceu com baixa visão e a leitura era muito cansativa. Daí passou a ouvir notícias pelo meio de comunicação, o que o fez se destacar na turma em provas de português e história, por exemplo.

 

Veja também:
– Acesso de alunos com deficiência depende de 
transformação da escola

 

Emocionado, Aurélio lembra da saudosa professora Marli Machado: “eu não sei quantas crianças encontram numa escola de subúrbio do Rio de Janeiro, São Paulo ou de um grande centro urbano, desde a 1ª série, uma professora que diz ‘esse menino tem uma deficiência visual sim, mas ele tem capacidade, então eu vou fazer o seguinte, todo dia quando eu for pra casa, eu vou ampliar as letrinhas do texto pra ele poder ler’”. 

 
Aurélio defende que todas as crianças, com deficiência ou não, frequentem a escola regular, pois ali é o lugar que aprendem a conviver com as diferenças. Ele acredita que se beneficiou deste convívio, necessário para que as crianças aprendam a se relacionar e respeitar umas às outras. Quanto às hostilidades, ele as compara com doenças, “é convivendo com as viroses que se desenvolvem vacinas”.
 
No início de 2015, Aurélio inovou ao participar da transmissão audiodescritiva do desfile de Carnaval do Rio de Janeiro, pela Rádio MEC. “O rádio é, na essência, audiodescritivo”, diz. Ele conta que 70% do foco da transmissão “foi voltado para narrar o visual. Não havia uma ala sequer das escolas de samba em que os detalhes não eram descritos.”  
 
No áudio, você conhece a trajetória da criança que encontrou no rádio, no apoio da família e na sensibilidade da professora os meios para se tornar o homem de comunicação que é hoje.  
 
Marco Aurélio Carvalho em palestra na Faculdade de 
Comunicação da PUC-RJ (Crédito: acervo pessoal)
 
LINKS
– Acesse e ouça áudios do programa Todas as Vozes, da EBC, em que Marco Aurélio transmite o amor que tem pelo rádio, ao reverenciar a história do meio
– Saiba mais sobre a Unirr, Ong que oferece uma visão inclusiva com o uso do rádio
 
 
Crédito: No áudio, o comercial “Lasanha” teve produção da EMC2 para o Grupo dos Profissionais do Rádio (GPR). As músicas utilizadas, pela ordem, foram “Leva” (Michael Sullivan e Paulo Massadas), com Tim Maia, e “Uma Só Voz”, tema de fim de ano da extinta Rádio Cidade de São Paulo, com Titãs e amigos. 
 
 
 
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