No dia 12 de janeiro deste ano, foram comemorados os 100 anos de nascimento de Rubem Braga, considerado um dos mais importantes cronistas brasileiros. Entre uma série de publicações programadas pelo Grupo Editorial Record, chega às livrarias “Rubem Braga – O lavrador de Ipanema”. O título reúne 14 crônicas que revelam a paixão do escritor pela natureza, escritas entre os anos de 1930 e 1980. A seleção dos textos é de Leusa Araujo e Januária Alves.

Nesse Livro Aberto, as jornalistas e escritoras falam sobre a ligação do “velho Braga” com questões ambientais e com o combate à destruição da natureza; explicam de que forma ele recebe o apelido de “lavrador de Ipanema”, – do amigo e também cronista Paulo Mendes Campos, – por transformar o terraço do edifício em que morou em um espaço repleto de espécies de plantas e árvores frutíferas, como pitangueiras, goiabeiras, pés de romã e até uma mangueira. Falam ainda como se deu a escolha das 14 crônicas, diante de uma obra com mais de 15 mil textos deixados pelo autor.

Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, em 12 de janeiro de 1913, Rubem Braga começou a trabalhar em jornal ainda estudante. Escreveu em diversos jornais e revistas do Brasil, tendo morado em São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre e finalmente de novo no Rio de Janeiro. Como correspondente do Diário Carioca, acompanhou a Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial.