Diante do crescente número de casos de dengue divulgados pelo Ministério da Saúde no início de 2024, o portal de jogos virtuais Ludo Educativo está relançando o game “Contra a Dengue 3 – No Mundo Digital” para contribuir com a conscientização sobre as medidas de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti.
“Depois de jogar uma ou duas vezes, porque é um jogo interativo, a criança fica na cabeça dela que ela tem que combater o mosquito e sabe claramente os locais onde o mosquito cria e porque cria naqueles locais”, explica o diretor do Centro para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF/Fapesp) e professor titular do departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Elson Longo.
A versão 3 do jogo da série “Contra a Dengue”, lançada em março de 2024, a destemida protagonista Sophia embarca no mundo digital, junto com seus irmãos mais velhos. Na aventura, estudantes aprendem a combater, além da dengue, o vírus Chikungunya e o vírus Zika, todos transmitidos pelo Aedes aegypti.
Longo afirma que todos os jogos disponíveis no portal Ludo Educativo recebem orientação de equipe pedagógica.
“Com a repetição, fica na cabeça da criança o tempo todo: ‘Como eu posso viver com esse mosquito?’. ‘Eu tenho que acabar com ele e acabar com os focos’. A criança joga e vai falar com o pai que sabe como eliminar o mosquito da dengue”.
“Contra a Dengue 3” na sala de aula
Para a bióloga e professora do Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran) Perla Loureiro de Almeida, o “Contra a Dengue 3” é de fácil entendimento para alunos dos primeiros anos do ensino fundamental. A docente indica fazer uma introdução sobre o que é a dengue antes de apresentar o jogo à turma.
“Iniciando com o aluno do terceiro ano do ensino fundamental, o professor pode fazer questionamentos básicos, um trabalho primário de orientação sobre o mosquito, avaliar com os alunos se algum familiar já esteve doente? Então, os alunos vão promover esses relatos dentro da sala de aula”, explica.
No podcast, a professora traz outros caminhos a serem trabalhados, como os conhecimentos sobre a identificação do mosquito causador da doença e dos possíveis locais de proliferação do Aedes aegypti. Almeida também aponta como o jogo educativo é introduzido nesse aprendizado.
“O jogo vai entrar como um feedback, porque se o aluno já obteve todas as informações, consegue trabalhar as suas habilidades referentes a essas informações: sobre todo o processo de dengue, forma de transmissão, forma de prevenção. O jogo é uma forma de o professor avaliar se o aluno realmente conseguiu obter essa informação, esses conceitos importantes para a sua formação”, conclui.
Crédito da imagem: Tela de uma das fases do jogo “Contra a Dengue 3” – Reprodução
Música de Arthur Hoffman criada para o jogo online “Contra a Dengue 3” fica de fundo
Perla Loureiro de Almeida:
O nosso aluno hoje, ele é um aluno já nesse perfil informatizado. Então a questão do jogo é uma ferramenta no qual o professor precisa saber trabalhar e fazendo com que essa ferramenta venha contribuir com o conhecimento do aluno.
Meu nome é professora Perla Loureiro de Almeida, bióloga de formação. Sou professora formada na área da pedagogia.
Elson Longo:
Depois de jogar uma ou duas vezes, porque é um jogo interativo, a criança fica na cabeça dela que ela tem que combater o mosquito e sabe claramente os locais aonde o mosquito cria e por que cria naqueles locais.
Eu sou professor Elson Longo, do departamento de química e diretor do CDMF UFScar/Fapesp.
Vinheta: Instituto Claro – Educação
Música de Arthur Hoffman criada para o jogo fica de fundo
Marcelo Abud:
Com o crescente número de casos de dengue registrados no país e divulgados pelo Ministério da Saúde neste início de 2024, o portal de jogos virtuais Ludo Educativo oferece gratuitamente o “Contra a Dengue 3 – No Mundo Digital”.
Disponível em ludoeducativo.com.br, para computador ou celular, no jogo online, Sophia é puxada para dentro do computador e se depara com um mundo virtual cheio de mosquitos e focos da dengue que vai precisar eliminar.
Edson Longo:
A pessoa joga e, sem ela perceber, está se divertindo e aprendendo realmente, pelo fato seguinte: os jogos, normalmente, eles são extremamente repetitivos. Então, quando a Sophia e seus dois irmãos, Renata e Rômulo, saem para o mundo digital, eles encontram o mosquito da dengue que eles têm que eliminar, eles encontram os elementos que produzem o mosquito da dengue, isto é, sujeira, lixo, locais onde acumula água… então eles, ao matarem os insetos, eles também vão eliminando esses focos de crescimento do mosquito da dengue.
Marcelo Abud:
A professora do Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran) Perla Loureiro de Almeida considera o “Contra a Dengue 3” de fácil entendimento para alunos dos primeiros anos do ensino fundamental. Ela sugere uma introdução ao tema antes que estudantes experimentem o jogo.
Perla Loureiro de Almeida:
A partir do terceiro ano, ele já tem uma capacidade, uma bagagem de formação do senso comum, que o aluno, ele consegue adquirir habilidades para desenvolver com relação à prevenção sobre dengue. Então, através de várias ferramentas e informações, orientações do professor, esse aluno, ele consegue corresponder à necessidade, à questão no ciclo pedagógico que ele deve cumprir e com relação às ferramentas que o aluno pode utilizar.
Então, nesse sentido, por exemplo, iniciando com o aluno do terceiro ano do ensino fundamental, o professor, ele pode fazer questionamentos básicos, quer dizer, fazer um trabalho primário de orientação sobre o mosquito, avaliar com os alunos se algum familiar já esteve doente, né? Então, os alunos vão promover esses relatos dentro da sala de aula.
Marcelo Abud:
Depois de buscar o conhecimento prévio dos alunos em relação à dengue, a professora indica que se mostre à turma quem é o agente causador da doença.
Perla Loureiro de Almeida:
Então, o aluno precisa conhecer quem é esse mosquito que transmite a dengue. Na sequência, o professor pode trabalhar com esses alunos fatores que vão promover a multiplicação desse mosquito, ou seja, levar o seu familiar, por exemplo, a ficar doente, como é um relato que esse aluno possa vir a comentar em sala de aula.
“Como que a mamãe faz em casa, com as plantas? O cuidado? Vocês já viram lixo, terreno baldio?” Então, quer dizer, são questionamentos que o professor pode ir trabalhando e trazendo para a sala de aula, o conhecimento do senso comum desse aluno.
Marcelo Abud:
Após essa coleta de informações, a professora ou professor pode promover uma atividade em que convide a turma a dar um passeio pela própria escola.
Perla Loureiro de Almeida:
O professor pode promover uma ação fazendo uma busca pela própria instituição: como está o ambiente escolar com relação à prevenção da dengue? E, quem sabe, posteriormente, é um projeto, né, aí isso pode ser estendido, um projeto externo, um projeto de extensão a uma comunidade, a um bairro em torno da escola. Tudo vai demandar do projeto pedagógico da escola.
Marcelo Abud:
Depois de se trabalhar esses conhecimentos práticos que envolvem a identificação do mosquito da dengue e dos possíveis locais de proliferação do Aedes aegypti, a professora explica a importância que vê no uso do “Contra a Dengue 3”.
Perla Loureiro de Almeida:
O jogo ele vai entrar como um feedback, porque se o aluno já obteve todas as informações, o aluno, ele consegue trabalhar as suas habilidades referentes a essas informações: sobre todo o processo de dengue, forma de transmissão, forma de prevenção… aí sim a ferramenta, o jogo, é de suma importância, porque vai ser uma forma do professor avaliar se o aluno realmente conseguiu obter essa informação, esses conceitos importantes para a sua formação.
Elson Longo:
E os pedagogos nos orientaram o seguinte, a pessoa que jogue o “Contra a Dengue”, primeiro elimina o mosquito. Segundo tema que ficou colocado, os locais onde prolifera o mosquito: como eliminar esses locais? E a repetição. Com a repetição, a criança ou adulto etc., ele fica na cabeça dele o tempo todo “Como eu posso viver com esse mosquito?”. “Eu tenho que acabar com ele e acabar com os focos”. Isso aí que nós já ouvimos várias pessoas falando que a criança joga e vai falar com o pai, que sabe como eliminar o mosquito da dengue.
Perla Loureiro de Almeida:
Então assim, é um jogo bastante interessante, rico em informações, que permite levar toda uma formação de conceitos sobre esse processo da dengue, falando em todas as suas etapas, desde o processo questão doença, né, porque pode levar a sérias complicações para o ser humano e, principalmente, falando no processo de prevenção. E como ele vai exercitar, o próprio aluno vai exercitar essa ação por meio do jogo, eu acho que é aí que se torna interessante.
Música de Arthur Hoffman criada para o jogo online “Contra a Dengue 3” fica de fundo
Marcelo Abud:
No “Contra a Dengue 3”, Sophia é ajudada pelos irmãos a cobrir pneus velhos, guardar devidamente o lixo e colocar areia nos pratos de vasos de plantas. O jogo online está disponível em Ludo Educativo.
Marcelo Abud para o podcast de Educação do Instituto Claro.