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Nessa edição do Dossiê, para falar sobre a Primavera Árabe, nosso convidado é o doutor em letras e livre-docente em literatura árabe pela Universidade de São Paulo (USP), professor Mamede Mustafá.

A onda de protestos que têm ocorrido no Oriente Médio e no Norte da África tem início em dezembro de 2010, na Tunísia. No dia 17 daquele mês e ano, Tarek al-Tayyib Muhammad ibn Bouazizi, ou simplesmente Mohamed Bouazizi, coloca fogo no próprio corpo. O jovem entrou em desespero após ter seu carrinho de frutas confiscado pelas autoridades locais. Desempregado, havia se tornado vendedor ambulante para ajudar a família. Bouazizi morre 18 dias depois, em 4 de janeiro de 2011. Milhares de pessoas participam do funeral dele.

Os protestos na Tunísica levam o então presidente Ben Ali a renunciar após 23 anos no poder.

As manifestações se alastram na busca da derrocada de tiranias em países como Egito, Líbia, Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Síria, Omãe e Iémen, entre outros.

Nesse Dossiê, o professor Mamede revela que, mesmo antes do início dos movimentos revolucionários, já havia sido publicado um romance, escrito por Alaa Al Aswany, com o sugestivo título “Por que os egípcios não fazem uma revolução?”.

Além de analisar a Primavera Árabe, a entrevista aponta como poetas e artistas têm se envolvido nas manifestações; além de uma visão de como o assunto pode ser tratado em sala de aula, já que é um tema da história contemporânea.

Links:
Vídeo Mamede Mustafa Jarouche – Entrelinhas 04/09/2011
Olhares sobre a Primavera Árabe
Vídeo Especial TV Cultura: Primavera Árabe
Entenda a Primavera Árabe no Marrocos

Crédito da imagem: Matheus Araújo/IEA USP

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