O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. No entanto, de acordo com o médico-psiquiatra e psicoterapeuta Flávio Gikovate, “nunca se bebeu tanto, quanto essa geração de jovens”. Autor do livro “Drogas – a melhor experiência é não usá-las”, ele é categórico ao afirmar que “quanto mais cedo se começa a consumir, maior a chance de desenvolver dependência química do álcool”.

As constatações de Gikovate são comprovadas em recentes pesquisas. Entre elas, merece destaque o estudo do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que recentemente ouviu 17 mil adolescentes do ensino médio de 789 escolas públicas e privadas de todo o país. Entre as conclusões, um dado que chama atenção: a simples experimentação de qualquer bebida alcoólica feita na infância aumenta em 60% as chances de consumir álcool abusivamente já na adolescência.

O apresentador do programa “No Divã do Gikovate”, que há 6 anos vai ao ar aos domingos, 21h, na rádio CBN, traz outros alertas para os pais. As meninas estão bebendo tanto quanto os rapazes e cerca de 1/3 deles já bebem mais do que deviam aos 16 anos de idade.

Neste Dossiê, ele explica quais os fatores que levam os adolescentes a consumirem cada vez mais bebidas alcoólicas; e que os pais e a propaganda são os principais responsáveis pelos excessos em relação ao álcool; além de revelar o que pode causar a ingestão cada vez mais precoce dessas drogas às quais, em alguns casos, os adolescentes têm acesso facilitado pela própria família. Ainda na entrevista, há uma abordagem do papel da escola no combate ao uso do álcool e quais os efeitos da bebida no rendimento escolar dos adolescentes.

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Acompanhe matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo sobre o assunto

Crédito da imagem: GeorgeRudy – iStock